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INTOLERÂNCIA E DISCRIMINAÇÃO NO BRASIL
Pesquisa: machismo é a opressão mais praticada e LGBTfobia a mais declarada pelos brasileiros
Lívia Tonelli

Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), encomendada pela Ambev/Skol, analisou o comportamento dos brasileiros em relação às opressões: racismo, machismo, lgbtfobia e gordofobia. Os resultados indicaram que o machismo é a opressão mais praticada e a LGBTfobia a mais declarada pelos brasileiros.

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A pesquisa Skol Diálogos, realizada entre os dias 21 a 26 de setembro, entrevistou 2002 pessoas em todas as regiões do território brasileiro. Do total entrevistado, 73% assumem que já realizaram comentários racistas, machistas e/ou homofóbicos. Entretanto, somente 17% se reconhecem como preconceituosos. Além disto, somente 45% dos brasileiros conseguem compreender o preconceito nos comentários e práticas de alguém de seu convívio. Metade destes não reage perante tal situação. Sendo as mulheres, as que mais respondem aos preconceitos sofridos e presenciados (60%).

O machismo está presente no cotidiano de 99% dos entrevistados. Sendo o preconceito mais praticado (61%), seguido pelo racismo (46%), LGBTfobia (44%) e gordofobia (30%). A LGBTfobia foi citada como o principal preconceito declarado pelos entrevistados (29%), ou seja, trata-se da principal opressão entre os brasileiros que se assumem como opressores (três em cada dez brasileiros se declaram LGBTfóbicos).

Além das perguntas diretas, os entrevistados foram questionados se já ouviram e/ou reproduziram determinadas frases. Entre as mais faladas pelos entrevistados estiveram: “Mulher tem que se dar ao respeito” (49%), “Mulher no volante, perigo constante” (28%), “Não sou preconceituoso, até tenho um amigo negro” (26%), “Pode ser gay, mas não precisa beijar em público” (25%), “Ele(a) é bonito, mas é gordinho (a)” (25%). E, entre as mais ouvidas pelos entrevistados estiveram: “Mulher tem que se dar ao respeito” (92%), “Mulher no volante, perigo constante” (90%), “Isso é coisa de viado. É viadagem” (88%), “Toda negra ou mulata tem samba no pé” (87%).

A região sudeste foi a que se declarou mais preconceituosa (21%), seguido da região norte e centro-oeste (18%), sul (13%) e nordeste (13%). Segue abaixo infográfico divulgado pela Skol.

Cabe ressaltar, que a mesma empresa que solicitou a pesquisa (Ambev/Skol), reproduzia até meses atrás em suas campanhas publicitárias todas as opressões mencionadas na pesquisa. Agora, frente a risco de perda de mercado por reação das mulheres a empresa procura se relocalizar não somente em suas propagandas mas até em incentivos a esse tipo de pesquisa. A busca de seus lucros e um "capitalismo inclusivo" enquanto permanecem as mesmas bases materiais do machismo em todos lugares menos nessas propagandas que marcaram gerações.

Essa pesquisa só reforça a necessidade do combate a todas as formas de opressão. Em meio a uma conjuntura política reacionária que sabota os direitos dos trabalhadores e da juventude, e que coloca os setores oprimidos, negras e negros, mulheres e LGBTs, em condições de maior exploração e violência dirigida é necessário nos organizarmos politicamente nos nossos locais de trabalho e de estudo por nenhum direito a menos e contra toda forma de opressão.

 
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