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DIREITO À MORADIA
Moradores protestam no aeroporto Galeão-RJ contra remoções promovidas pela Aeronáutica
Redação

Nas últimas duas semanas se iniciou mais um processo de remoção de famílias carentes na região da Estrada dos Maracajás, nos arredores do Galeão, RJ. Sufocadas pela especulação imobiliária que tem se intensificado cada vez mais nos últimos anos, as famílias têm sido retiradas de suas casas sem direito a indenização. Diante disso, os moradores realizam ato em defesa de seu direito de moradia.

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Na região da Estrada dos Maracajás, nos arredores do Aeroporto do Galeão, Rio de Janeiro, há décadas os moradores lutam contra os sucessivos processos de remoções arbitrárias que ali ocorrem. Embora tenham se intensificado desde a realização dos megaeventos (2014-2016), o início dos processos de remoção datam dos anos 1930, época em que o Galeão começou a ser construído. Nos anos posteriores, as remoções continuaram. Parte das famílias que moram ao longo da Estrada dos Maracajás, teve, nos anos 1950, suas casas destruídas para a construção de apartamentos destinados a militares da Aeronáutica.

Nos últimos anos os processos de remoção vêm se intensificando cada vez mais. A crescente especulação imobiliária em torno de um dos mais movimentados aeroportos do país tem sufocado os moradores. Após a privatização do Galeão e a realização da Copa e das Olimpíadas (em 2016 vimos o absurdo número de 67 mil pessoas ficarem sem moradia na capital fluminense), as remoções se tornaram cada vez mais constantes e mais agressivas. Os moradores da comunidade Rádio Sonda, por exemplo, receberam uma notificação para deixarem suas casas no prazo ridículo de 30 dias, sem direito a indenização.

No último dia 5, dezenas de famílias dessa comunidade realizaram um corte de rua na Estrada dos Maracajás para defender seu direito à moradia. A diretora da Associação de Moradores da Rádio Sonda denunciou a especulação imobiliária que sufoca os moradores, afirmando também que a Aeronáutica exigiu a saída das famílias sem direito a indenização e sem que tivessem outra opção de moradia.

Em 2015, toda a área do entorno do Galeão (onde residem centenas de famílias carentes) foi transferida da Secretaria de Patrimônio da União para a Aeronáutica. Esta, por sua vez, tem aberto as portas para os interesses privados na região. A empresa privada de hospitais Rede D’or já demonstrou grande interesse em adquirir os terrenos onde vivem as famílias. A partir disso os moradores vêm denunciando o fato de que serão simplesmente jogados na rua para que o terreno em que moram seja vendido a uma empresa privada.

Diante dessa situação, aliada ao fato de que a Aeronáutica já deu entrada a um processo de reintegração de posse do terreno (que pertence há mais de um século às famílias da comunidade), os moradores estão programando um grande ato para o dia 13. A ideia é cortar a pista do Aeroporto, paralisando-o parcialmente e chamando a atenção da sociedade para a brutalidade da situação que estão enfrentando.

 
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