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CHAMADO À CATEGORIA
Os rodoviários devem se somar à luta em defesa da Carris, contra Marchezan e Sartori
Adaílson Rodrigues

Nesta quinta (05) o Sindicado dos Municipários de Porto Alegre convoca manifestação para iniciar a greve da categoria. Os rodoviários da Carris estão se organizando para se somar ao ato, levando a luta contra a privatização para a greve. Que todos os rodoviários somem nessa luta em defesa da Carris e em apoio aos municipários e trabalhadores em educação do estado.

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Foto: Greve dos rodoviários de 2014

Quem hoje trabalha em empresa privada de transporte em Porto Alegre, sente na pele o descaso com as condições mínimas de trabalho, com a saúde do trabalhador, impondo uma condição física e mental extenuante, com constantes ameaças de demissões, ganchos e justa causa.

Pergunto: é isso que desejamos aos companheiros rodoviários da Carris? Lá a gestão da empresa já persegue os colegas e também cava demissão por justa causa, enquanto Marchezan vai à mídia reclamar que não pode demitir os trabalhadores (como a patronal vem fazendo nas empresas privadas).

Estamos sofrendo na carne a insegurança do nosso emprego, com centenas de demissões na categoria. Já não podemos sequer comprar uma TV em 12x pois não sabemos se teremos emprego por mais um ano.

É isso que desejamos aos colegas da Carris, essa rotina de insegurança e medo a qual nos submetem?

A Carris passa por dificuldades sim, mas não por culpa dos trabalhadores, afinal, quem comanda a Companhia são o Prefeito e seus indicados. São eles e seus CCs os responsáveis pela crise na Carris e, junto aos empresários, pela situação em todo o sistema de transporte.

Não de hoje a Carris vem sendo tratada com descaso. Logo a empresa que era detentora de quase todos os prêmios no quesito transporte público, que era referência, uma balizadora. Essa empresa pública não poderia ficar ilesa.

Isso colocaria em risco o monopólio dos empresário da capital gaúcha, pois seria sempre um fantasma da estatização total do sistema a rondar pela cidade. Uma empresa pública modelo como era há tão pouco tempo era a Carris certamente inspira a luta pela estatização de todo o sistema. Isso somado às lutas da juventude em defesa do transporte público e à greve da categoria em 2014 mostram que os trabalhadores e a sociedade podem têm todas as condições de administrar o transporte pela via de um conselho de trabalhadores/ usuários/ e município.

As dificuldades na Carris vem desde Fogaça, Fortunati/ Melo, mas nunca foi tão escancarado os atos de favorecimento a um setor, quanto vem sendo as tentativas de Marchezan em beneficiar as empresas.

Foi dele que saiu a permissão para reduzir linhas, tabelas, horários, ocasionando demora nos ônibus pra sociedade e demissões na categoria. Foi dele que saiu o decreto que tirava a segunda passagem grátis no cartão TRI, sem alterar um só centavo na tarifa, a mesma que aumentou em 30 centavos no início do ano. O decreto só não está vigente porque ele perdeu o recurso na justiça. Sim, porque Marchezan vai à Justiça defender que as empresas lucrem mais.

É dele o pacote que está na Câmara e que, entre outras coisas, quer garantir a extinção dos trabalhadores da roleta. É dele a intenção de entregar a Carris para as empresas que, coitadinhas, sem grana e no prejuízo, terão de fazer mais esse sacrifício "pelo bem da cidade."

É Marchezan que claramente está em defesa dos empresários e pra isso recorre até mesmo a justiça, pra garantir o lucro das empresas

Pois é na contramão disso que devemos marchar.

Que cada rodoviário saiba que o caminho é a luta em defesa da Carris. Defender que a Carris, ao voltar a ser o que sempre foi, dê um passo a mais rumo a estatização de todo o sistema, para que toda a categoria seja a Carris, sem mais viver reféns da patronal. Essa deve ser a nossa luta. Perder a Carris seria uma derrota severa pra toda a cidade, dado a sua importância histórica, mas ainda mais terrível a nós, trabalhadores do sistema, dada a sua importância política nas lutas da categoria.

Na greve de 2014, cobramos dos peão da Carris solidariedade na nossa luta contra o Banco de horas nas privadas. Agora é nossa vez de abraçar essa causa, como uma grande causa popular de nossa cidade e cercá-los de solidariedade.

Unificar as lutas e retomar o caminho aberto pela greve geral do dia 28 de abril no estado. Impôr a eles uma grande derrota pela unidade na luta, e pra isso, começamos nós a apoiar também todas as lutas em curso.

Combater Marchezan e Sarotori, ao lado dos trabalhadores do município e do estado, somar com o todo o ativismo e virar esse jogo. Avante!

Logo mais, às 16 horas, todos com os professores do estado em frente à Carris e amanhã 7h30, com os municipários em frente o HPS, em marcha em um grande ato unificado de rodoviários e municipários em defesa do serviço público.

 
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