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CABIDE DE EMPREGO
Vereadores de Campinas criam novos cargos comissionados e aumentam os salários
Chico Pontes
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A câmara de vereadores de Campinas, mais uma vez, mostra quais são suas prioridades. Após ter sido obrigada a extinguir no último ano diversos cargos comissionados após ação do Ministério Público(MP), os vereadores acharam uma saída simples para a situação e para a crise financeira: criar outros cargos. Isso mesmo, você não leu errado.

Para tentar driblar o MP, os vereadores da casa, criaram 99 novos cargos na última semana. Tentam criar um cabide de empregos novos com outro nome, visando as eleições de 2018. Não contentes, aumentaram o salário de todos os comissionados, em sua maioria em cerca de 32,53%. O chefe de gabinete passará ganhar mais de 12 mil reais, e o assessor, 8,7 mil reais. Nem é preciso dizer que esses valores são muito mais altos do que o que recebe a maioria dos servidores da saúde ou da educação na cidade, muito mais importantes para nossa vida do que esses assessores.

E pasmem, por quase total unanimidade na câmara presidida por Rafa Zimbaldi(PP). Aqueles que adoram bradar contra a corrupção e pelo enxugamento do Estado, como Vinicius Gratti(PSD) e Tenente Santini(PSD), não perderam tempo em votar a favor da medida. Os mesmos vereadores que promovem através da grande mídia e das redes sociais uma campanha furiosa contra os estudantes da Unicamp que buscam frear o aumento do restaurante universitário e os ataques aos direitos dos funcionários da universidade, deixam rápido para trás o argumento dos “cortes” quando se trata de encher o próprio bolso. Mesmo os poucos vereadores que se dizem de oposição à gestão Jonas Donizete(PSB), como Pedro Tourinho(PT), Gustavo Petta(PcdoB) e Carlão do PT votaram a favor. A única exceção a se posicionar contrária a tal medida foi a vereadora Mariana Conti(PSOL), que para ser coerente com a votação, deveria abdicar desses novos cargos.

Enquanto a prefeitura parcela o salário de professoras, enfermeiras e de diversos outros servidores municipais, a Câmara promove essa criação de cargos e esse aumento escandaloso. No mesmo dia em que os vereadores votaram essa medida, o Orçamento de 2018 foi apresentado, com previsão de corte de 34,2 milhões na Cultura, 12,9 milhões na habitação, 3,7 milhões no Trabalho e Renda e 1,1 milhões no Esporte e Lazer. Enquanto a juventude precisa de cultura, emprego, moradia digna, esporte e lazer, Jonas deixa claro que suas prioridades e a de seus vereadores é seguir com o cabide de emprego que alimenta essa máquina que nada mais é do que um grande balcão de negócios de costa para os trabalhadores e para a juventude. Querem que nós paguemos a conta da crise econômica que eles próprios criaram.

 
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