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PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO
Trabalho informal corresponde a mais da metade dos empregos gerados no Brasil
Redação
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Segundo os dados divulgados nesta semana pelo IBGE, o trabalho informal foi o maior responsável pela geração de empregos no trimestre de junho-julho-agosto deste ano, correspondendo a mais de 60% dos postos de trabalho gerados.

Segundo os dados do IBGE divulgados nesta semana, no trimestre de junho-julho-agosto de 2017 foram gerados 1,37 milhão de empregos no país. Isto significa um aumento de 1,5% em relação ao trimestre março-abril-maio de 2017. Foi registrada, também, queda na taxa de desemprego no país, que hoje está em 12,6%.

No entanto, mais de 60% dos empregos gerados foram no trabalho informal. Os empregados sem carteira assinada (10,8 milhões de pessoas) corresponderam a 286 mil dos empregos gerados, os trabalhadores conta-própria (22,8 milhões de pessoas) corresponderam a 472 mil pessoas, e os trabalhadores familiares auxiliares corresponderam a 95 mil pessoas.

Os trabalhadores conta-própria são aqueles que, segundo o IBGE, possuem um empreendimento, mas não empregam mão de obra. Ou seja, majoritariamente, são aquelas pessoas que perdem o emprego e se viram como podem em ocupações como camelôs, vendedor ambulante, barracas de comida na rua, etc. Esta ocupação, em 2015, possuía uma média salarial de menos de cerca de 1500 reais.

Os trabalhadores familiares auxiliares são aquelas pessoas ocupadas em alguma atividade exercida pela família, ajudando familiares e não necessariamente recebendo salário para isso.

Ao mesmo tempo, os trabalhadores empregados com carteira assinada (33,4 milhões de pessoas) e trabalhadores domésticos (6,1 milhões de pessoas) se mantiveram estáveis em relação ao trimestre de março-abril-maio deste ano. E os empregados no setor público aumentaram em 295 mil pessoas, totalizando 11,5 milhões de pessoas nessa ocupação.

Do ponto de vista dos setores da economia, também em relação ao trimestre anterior, o maior aumento foi nos empregos do setor de serviços, aglutinado pelo IBGE na categoria "Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais", com um aumento de 2,7% em relação ao trimestre anterior ou mais 414 mil pessoas ocupadas. O segundo maior aumento foi na "Indústria geral" com 1,9% ou mais 227 mil pessoas.

Os trabalhadores informais correspondiam, em 2016, a cerca de 43% de toda a população ocupada no país. No entanto, com a crise econômica pela qual passa o Brasil, sem perspectivas de crescimento significativo, combinado com grandes ataques aos trabalhadores como a reforma trabalhista, que flexibiliza enormemente as relações de trabalho no país, o número de trabalho informal tende a crescer ainda mais.

 
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