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EXPOSIÇÃO SANTANDER
Santander não acatará decisão do MPF para reabrir Queermuseu e mantém censura à arte
Redação

Santander não acatará decisão do MPF para reabrir mostra, nada de diferente vindo de um banco que lucra com a operação da divida pública brasileira, que consome metade do orçamento federal anual.

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O Santander Cultural, por meio de sua assessoria de comunicação, afirmou na manhã desta sexta-feira, 29, que não irá acatar a recomendação do Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul para reabrir a exposição Queermuseu - Cartografias da Diferença da Arte Brasileira.

Em nota, a instituição afirma: "A mostra Cartografias da Diferença da Arte teve sua exibição finalizada no Centro Cultural de Porto Alegre, de cunho privado, no dia 10.9.17 e não será reaberta conforme comunicado do mesmo dia". A exposição foi cancelada com o argumento de que “desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas”, o banco evidentemente não está ao lado dos trabalhadores e setores oprimidos da sociedade, cedendo a pressão da direita reacionária do MBL, de defensores do escola sem partido (escola com mordaça) e setores que negam a discussão sobre gênero e homofobia nas escolas.

exposição do curador Gaudêncio Fidelis é formada por 270 obras de arte de diversos tipos, como pinturas, gravuras, fotografias, colagens, esculturas, cerâmicas e vídeos, de artistas como Adriana Varejão, Alfredo Volpi, Cândido Portinari, Clóvis Graciano e Ligia Clark, entre outros; e foi fechada em setembro após ataques de direitistas como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o prefeito Marchezan, que até a igualmente direitista revista Veja admitiu “que alegavam equivocadamente que as obras faziam apologia à pedofilia e à zoofilia.”

Na quinta-feira, 28, o Santander Cultural havia sido notificado pelo MPF/RS, recomendando para num prazo de 24 horas reabrir as portas da exibição ao público gaúcho.

Segundo procurador da República Fabiano de Moraes, o precedente do fechamento de uma exposição artística causa um efeito deletério a toda liberdade de expressão artística, trazendo a memória situações perigosas da história da humanidade, referindo-se a destruição de obras consideradas “Arte Degenerada” (Entartete Kunst) sob o regime nazista. O oficio do MPF data de uma semana depois dos atos contra a liminar da cura gay que aconteceram em várias cidades do país, reunindo, em São Paulo, mais de 15 mil manifestantes.

Ele ressaltou ainda que as obras que trouxeram maior revolta em postagens nas redes sociais não fazem apologia ou incentivo à pedofilia, conforme manifestação pública dos promotores de Justiça do Ministério Público Estadual.

 
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