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PROFESSORES RIO DE JANEIRO
XV Congresso do SEPE começa com manobras da burocracia e destaque para centrais sindicais
Ronaldo Filho
Professor da rede estadual do RJ
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Foto: primeiro dia 15º Congresso do SEPE (facebook do SEPE)

Começou ontem, dia 28/09 o congresso de um dos maiores sindicatos do país, com mais de 1178 delegados credenciados até o final do dia, porém da plenária de hoje participaram em torno de 600. Muitas pressões concorrem no sentido de transformarem o congresso num organismo pouco representativo da categoria, entre elas, o fato de nem o Estado e nem o município do Rio de Janeiro terem dado liberação para os professores participarem. Outro motivo, é o próprio grupo hegemônico da direção implodir o congresso com suas manobras, mentiras e extrema burocracia.

Após atividades do grupo de aposentadas(os) e do coletivo de funcionários do sepe, aconteceu a mesa de abertura com membros das centrais sindicais CTB, INTERSINDICAL, CSP-Conlutas e CNTE-CUT. A pior postura foi da representante da CNTE, Beatriz, que além de fazer uma campanha escancarada da refiliação do SEPE a CNTE, disse que "quem se opunha a isso (estava acontecendo uma chuva de vaias) queria hegemonia e não construir."

Também aconteceu a inscrição das chapas para eleição do conselho fiscal que acontece hoje pela manhã. Teve proposta da oposição de passar a eleição do conselho para depois das apresentações das teses, que tem horário de 9:30 as 12:30h, entendendo que o debate das teses ajudaria a esclarecer a importância do conselho fiscal. Mas a direção hegemônica conseguiu manter o horário.

Na discussão do regimento interno do congresso, os destaques da oposição foram, mudança no quórum de votação dos GTs, baixar de 20% para 10%, alegando propiciar maior presença de propostas não hegemônicas vindas da base; e quórum das plenárias de 50% para 25%, alegando que impediria a direção hegemônica de manobrar a plenária retirando delegados de acordo com seu interesse, utilizando a prática de retirar os ônibus do interior antes da hora, obrigando grande parte da categoria a ir embora antes da hora.

Outra proposta foi a de mudar a ordem das plenárias do GT 3 - estatuto e organização do SEPE, pelo GT 4 - avaliação das greves, concepção sindical, para garantir que esse debate sobre qual SEPE queremos fosse garantido, mas a direção hegemônica levou mais essa. Todas as votações foram muito acirradas, com vitória apertada da burocracia hegemônica formada por PT, PC DO B, e que foram acompanhadas por setores que adaptam a ela como US e INSURGÊNCIA do PSOL.

O que está em jogo nesse congresso? A abertura com as centrais dá o tom adaptativo e conciliador de classe que parte dessa direção, aparelhada no sindicato há décadas, quem impor para a categoria. Propostas como quórum mínimo para aprovar greves (provavelmente bem alto) e eleições majoritárias, mostram que o interesse é se perpetuar e aprofundar o aparelhamento sindical, afastando ainda mais a base das decisões políticas do instrumento de lutas da nossa classe.

Hoje seguiram os credenciamentos até as 18 h e a tarde acorreram os GTs que decidiram os rumos das plenárias. Importante que todos estejamos presentes para combater a burocracia e avançar na luta contra os ataques do capita, do PMDB e da direita carioca que segue atacando a educação.

 
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