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JOÃO DÓRIA
Dória propõe um "Centro Novo" para aprofundar o projeto de higienização de São Paulo
Amanda Navarro

João Dória, prefeito de São Paulo, afirmou que irá implantar o seu projeto de revitalização do centro da cidade, que na realidade é um projeto completamente higienista que não considera as importantes questões de habitação que permeiam o centro de São Paulo.

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O projeto que Dória considera uma "revitalização" conta com projetos de construção de ruas mais largas, com grande preocupação paisagística e duas linhas de Veículos Leves Sobre Pneus (VLP), um meio de transporte parecidos com ônibus e guiados através de canaletas. Segundo ele, o projeto deverá ser entregue até 2020, necessitando ainda da permissão da Câmara Municipal.

Chamado de “Centro Novo”, o projeto também buscará instalar polos de economias criativas e na construção de prédios, entregando nas mãos das grandes construtoras o território, para que possam construir edifícios de médio e alto padrão, e tornar a especulação imobiliária da região cada vez mais latente. Sua aplicação que está prevista para ocorrer em 8 anos, irá contar com a iniciativa privada através de acordos com bancos, entregando uma das áreas com maiores índices de moradores em situação de rua para a livre exploração das maiores empresas capitalistas.

Além disso, a região do centro de São Paulo é muito conhecida por ser um patrimônio histórico da cidade, contanto com diversos prédios tombados, leis que controlam a quantidade de construção de prédios da região e muitos prédios antigos que são habitados por famílias que não conseguem ter acesso à condição básica de vida: moradia. Todo o projeto de Dória visa, segundo a secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Heloisa Proença, "atrair a classe de renda média" para o local, ignorando as particularidades do centro, como pessoas em situação de rua que costumam habitar as localidades.

O plano de revitalização de Dória nada mais é que um plano higienista, para tornar o centro um lugar elitizado, eliminando a população de rua que todos os dias denuncia um dos maiores problemas que é habitação. O prefeito já havia dados seus primeiros passos para isso, quando derrubou prédios com pessoas dentro na região da cracolândia como se pode ver nesta matéria, tentando tornar legítima as internações compulsórias e promovendo um verdadeiro massacre a população de rua da cidade de São Paulo. Outra ação higienista que marca de maneira enfática os planos de Dória para o centro foi permitindo que a Guarda Civil Municipal retirasse os cobertores e pertences dos moradores de rua e acordando os mesmos com jatos d’água.

O projeto de João Dória para o centro paulistano é atacar impiedosamente a população de rua e pobre do centro da capital, de todas as maneiras que forem possíveis, varrendo o centro que é uma das regiões da cidade que denunciam o descaso brutal com a saúde e habitação. Para que possa, por fim, entregar o centro de São Paulo às empresas privadas, como grandes construtoras e bancos, para livre exploração e lucro, visando tornar a região cada vez mais cara e elitizada.

 
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