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LGBTFOBIA MATA
1 LGBT é assassinado a cada 23 horas, Brasil bate recorde em 2017
Redação

País líder mundial no ranking de violência contra LGBTs, o Brasil apresenta nesse ano um novo recorde de mortes registradas e confirmadas como crimes de LGBTfobia. Segundo os dados da ONG Grupo Gay Bahia (GGB), até dia 20 de setembro já foram registrados 277 homicídios em 2017, ou seja, mais de um LGBT assassinado por dia, sendo a maior média de mortes desde que o Grupo começou a realizar estatísticas em 1980.

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Se em 2016, com uma marca recordista, um LGBT era morto a cada 25 horas, em 2017 caiu para 23 horas. Além disso os números de outros tipos de violência e violação de direitos humanos também aumentaram (veja mais aqui).

Sobre a motivação do aumento, o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira se pronunciou. "Temos a questão da impunidade dos crimes. Muitos não chegam nem sequer a serem instruídos com início, meio e desfecho —e falo ’desfecho’ querendo significar assassinos presos e pagando com aplicação da lei. Outro fator é a vulnerabilidade social muito grande, o que faz com que as pessoas se tornem vítimas. E tem o aspecto cultural, e esse é o pior de todos, que é a sociedade considerar essas pessoas de segunda categoria."

Apesar dos dados chocarem, a realidade ainda é parcialmente registrada, ou seja, mesmo com o levantamento que a ONG faz dos assassinatos que foram confirmados como crimes de ódio contra LGBTs, muitos casos não são interpretados como uma violência motivada pela sexualidade ou gêneros (trans), outros casos nem chegam a ser registrados muito menos noticiados. Portanto o esforço de pesquisa e busca de dados do GGB são de extrema importância na falta de registros oficiais que demonstram a negligência do governo sobre esses assassinatos.

O próprio Ministério de Direitos Humanos (MDH) admite que os números podem ser maiores. Em 2016 foram contabilizadas 1.876 denúncias de violências praticadas contra LGBTs. Além dos homicídios, é bastante presente relatos de violência psicológica, violência física, lesão corporal e maus-tratos.

A violência contra LGBTs é tragicamente marcada pela brutalidade contra as vítimas enquanto o Estado e suas instituições seguem como sempre de costas para os LGBTs. Se no governo Dilma o kit anti-homofobia foi barrado pela ex-presidente como barganha para manter a bancada evangélica como base aliada, rifando as conquistas de movimentos sociais e LGBTs, recentemente a Justiça Federal autorizou psicólogos a tratar LGBTs como doentes, liminar que ficou conhecida como a "cura gay".

Além disso o PL do “Escola Sem Partido” que proíbe a discussão sobre gênero e sexualidade é um exemplo de como os políticos querem calar qualquer um que questionar o aumento da violência contra LGBTs.

Os movimentos LGBTs, junto com movimentos sociais, sindicatos, estudantes e organizações de esquerda, protagonizaram fortes atos contra a "cura gay", chegando à 15 mil em São Paulo, que também é uma luta pelo direito à vida. As LGBTs não são doentes nem vão aceitar os ataques contra seus direitos, por isso é fundamental apoiar a construir os próximos atos.

 
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