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SAÚDE PÚBLICA
Ministro da Saúde vê hospitais em excesso enquanto população morre nas filas
Diego Damaceno

Durante sua participação em fórum da Revista Exame, Ricardo Barros, atual Ministro da Saúde, diz que reduzir o número de hospitais "ajudaria a melhorar o serviço no país". Em fala sugeriu reduzir as 7500 unidades que existem atualmente para apenas 1500 unidades.

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O Ministro da Saúde, Ricardo Barros, parece morar em qualquer país do mundo que não seja o Brasil. Em mais uma de suas polêmicas declarações dessa vez o ministro afirma que reduzindo o numero de hospitais do país de 7500 unidades para apenas 1500 poderia ajudar a melhorar o serviço no país.

Com um nível de hipocrisia que chega ao cúmulo do absurdo, o ministro afirma que o que falta na saúde publica não é dinheiro, mas sim “gestão”. Enquanto milhares de trabalhadores esperam meses por um exame e morrem nas filas dos hospitais todos os dias, Barros vê a questão da saúde como uma questão moral: “Enquanto nós não tivermos segurança de que todo o dinheiro está bem aplicado, não teremos moral de pedir mais recurso para a saúde”.

Quando questionado sobre as imensas filas nos hospitais, uma vez que afirma que a estrutura existente no país é mais que suficiente, o ministro responde evasivamente dizendo que a questão é “otimizar as estruturas disponíveis no sistema de saúde pública” como se o grande problema da saúde fosse porque “Um terço das unidades de terapia intensiva é ocupada por pessoas sob cuidados paliativos” como se uma simples reorganização mais “otimizada” e “eficiente” pudesse resolver o problema.

O que o ministro se esquece é que para além de suas fantasias existe a realidade – que é duramente vivida por cada trabalhador pobre e precarizado que precisa utilizar o sistema publica de saúde. O que o ministro não fala é que não existe melhora e milagre na saúde com os crescentes cortes de verbas e com a aprovação da PEC do Corte de gastos que significou o congelamento do investimento, já insuficiente, para a saúde e educação.

Mas por outro lado vemos que diante de politicas como essa haverá resistência dos trabalhadores e da população que não acreditam que fechar hospital e privatizar o serviço seja a solução, assim como vemos em Santo André, onde o prefeito esta crise após fechar cerca de 7 unidades de saúde de uma única vez que significa cerca de 20% de todo atendimento da saúde da cidade.

Nesse sentido a saída para a crise da saúde no país passa pela reabertura imediata de todos os postos de saúde que foram fechados! Por um plano de saúde organizado por trabalhadores da saúde e usuários! Revogação da PEC 241 do Congelamento de investimento na saúde e educação! Pelo não ao pagamento da dívida pública para investir na saúde! Pela readmissão de todos os funcionários da saúde demitidos!

 
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