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III FESTIVAL DE DIVERSIDADE SEXUAL
Virgínia Guitzel e Jenifer Tristan estarão no III Festival de Diversidade Sexual da UFABC
Taciana Garcia

Na próxima quarta-feira (27), o III Festival de Diversidades que está sendo organizado pelo coletivo PRISMA, terá uma mesa em conjunto com o grupo de Mulheres Pão e Rosas e a Juventude Faísca Anticapitalista e Revolucionária.

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O tema da mesa será “Da resistência a revolução: a luta contra as opressões no capitalismo” e contará com a presença de Virginia Guitzel, uma das ativistas trans que está encabeçando o ato contra a liminar da Cura Gay e parte da Juventude Faísca - Anticapitalista e Revolucionária e Jenifer Tristan , autora do texto "Mulheres negras, capitalismo e Revolução" do livro Feminismo e Marxismo.

A mesa abordará a luta contra o racismo e a LGBTfobia nos marcos do sistema capitalista no cenário pós golpe institucional no Brasil, buscando apresentar uma perspectiva marxista e revolucionária. Isto é, uma perspectiva de encarar a luta dos LGBT, negrxs e mulheres aliada a classe trabalhadora sob uma perspectiva comunista.

Resgatando o exemplo da Revolução Russa que esse ano completa 100 anos a experiência mais avançada nas conquistas de direitos para as mulheres e o primeiro Estado a descriminalizar a homossexualidade. O fenômeno internacional do feminismo, marcado pelo levante contra o Eduardo Cunha no Brasil, as milhares de mulheres que tomaram as ruas da Argentina, México e Chile por "Ni Una a Menos" e a convocação classista por um 8 de Março de paralisações em defesa das mulheres assim como a vitória da aprovação de cotas raciais nas universidades elitistas como USP e UNICAMP e a grande comoção nacional contra a liminar que visa voltar com a "Cura Gay" apontam um espaço para ideias de combate a este sistema capitalista, que não é capaz de solucionar a mazelas que ele mesmo criou.

Em conversa com Jenifer Tristan, ela disse que: “ As mulheres nos livros aparecem como sexo frágil e os negros como dóceis, queremos mostrar que essas ideias são mitos que só existem nas bibliografias capitalistas. Nós sempre estivemos na linha de frente das lutas e é com esse espirito que decidimos organizar esta mesa junto ao coletivo Prisma. Hoje mais do que nunca é importante ocuparmos as ruas contra essa direita golpista que quer arrancar todos os direitos que conquistamos. Mas queremos apontar também uma reflexão crítica a luta por mais direitos separada de uma crítica radical a esta sociedade baseada na exploração do trabalho e que se utiliza das diferenças para oprimir diferentes grupos sociais, como é o caso dos negros. Queremos relacionar o tema da sexualidade com a opressão racial, que num país negro como o nosso, é uma questão indissociavel".

A mesa é parte do festival que traz importantes temas como a questão das cotas trans para acesso a universidade, o sistema carcerário que contará com a presença de Verônica Bolina, a saúde mental da população LGBT, além de atividades culturais para integração, conscientização e reflexão sobre os desafios do movimento LGBT. Para acessar a programação, clique aqui.

O Esquerda Diário também conversou com Virginia Guitzel, ativista trans, uma das lideranças que está convocando um ato Contra a Cura Gay que estará na mesa e é parte do coletivo PRISMA. Virgínia nos disse que "Toda a semana é um grande esforço da Prisma de trazer diversos debates atuais e fundamentais para a luta LGBT. É o único Festival que ocorre no ABC com tantos temas e cheio de figuras que representam a comunidade LGBT. A mesa que estarei junto a Jenifer Tristan é a nossa contribuição para o festival, trazendo uma reflexão que qual estratégia o movimento LGBT precisa se armar para não apenas resistir aos ataques que estão querendo implementar, mas também questionar a subordinação que o capitalismo impõem aos setores oprimidos. Quero resgatar o fio de continuidade com o marxismo revolucionário, que desde a II Internacional se colocou ativamente contra qualquer tipo de repressão aos LGBT e que por seu horizonte comunista, propõem uma sociedade verdadeira igualitária. A infinidade de expressões de sexualidade e identidades de gênero por trás da sigla LGBT mostra porque nossa luta precisa ser anticapitalista. Não a toa, lançamos uma campanha junto ao Esquerda Diário contra a "Cura Gay", dizendo em alto e bom som: DOENTE É O CAPITALISMO!"

 
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