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LACAIOS
Trump janta com Temer e representantes da direita: quando a subserviência é intragável
Daniel Andrade

Temer e Trump participaram de um jantar em que discutiram a situação da Venezuela. Também participaram a nata da subserviência ao imperialismo americano: os presidentes da Colômbia, Panamá e a vice-presidente Argentina. No jantar reafirmaram sua subserviência, querem ajudar a pressionar a Venezuela, ajudar a pró-imperialista MUD só não podem acompanhar Trump em sanções e bravatas militares. São lacaios mas estão obrigados a medirem a correlação de forças em seus países.

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Foto: Twitter de Temer

O principal item do cardápio era a Venezuela. Como reforçar a pressão imperialista no nosso país vizinho.

Trump e seus assessores tinham planos ambiciosos de avançar em medidas intervencionistas, desde embargos comerciais a suspensão de vistos como fez recentemente o Panamá. Antes do jantar o assessor de Trump para a América Latina, falou na Globo News como gostariam que ali fossem aprovadas medidas mais duras.

Fonte: Twitter de Michel Temer

Trump saiu de mãos abanando da reunião. Temer, Macri, Santos são bons agentes dos interesses imperialistas na região mas não podem mover-se somente como quer o amo do norte. Em seu twitter, ao contrário dos elogios que teceu a outros dignatários que se encontrou, Trump nem nomeia seus interlocutores do sul. Fala que quer "a plena restauração da democracia na Venezuela" mas não pode anunciar nada, nem sua bravata militar nem alguma medida econômica porque Temer, Macri, Santos são entreguistas mas não podem agir como queiram.

O americano disse que quer que a Venezuela restaure sua democracia e que a situação no país é inadmissível.

O direitista Juan Manuel Santos da Colômbia se delimitou da opção militar em seu Twitter:

Seguiremos buscando unatransiciónpacífica enVenezuela. Reiteramos a @realDonaldTrump que A. Latina no apoyaráunaintervenciónmilitar.

— Juan Manuel Santos (@JuanManSantos) 19 de setembro de 2017

O presidente brasileiro afirmou que houve uma "coincidência " de posições de que a pressão diplomática sobre Caracas deve continuar para que se chegue a uma solução democrática.

"Eu próprio relatei que recebi o (oposicionista venezuelano) Leopoldo López, tenho mantido os mais variados contatos, recebi a esposa dele, a mãe dele para revelar a posição do Brasil em relação à Venezuela, coisa que não ocorria antes, não é? E houve coincidência absoluta, as pessoas querem que lá se estabeleça a democracia, não querem uma intervenção externa, naturalmente, mas querem manifestações que se ampliem, a dos países que aqui estão para os países da América Latina, para os Países Caribenhos, de maneira a pressionar a solução democrática na Venezuela", disse Temer.

Os limites que Temer e Santos colocaram a Trump não são quanto aos objetivos. Querem garantir a intervenção na Venezuela, querem ajudar os EUA a extraírem ainda mais riquezas de nosso país vizinho mas não podem - hoje por hoje - apoiarem as bravatas de Temer. Serão tão pró-imperialistas na Venezuela quanto a correlação de forças em seus países permitirem esse foi o recado a Trump.

Assim, Temer indica auxiliar o governo Trump em suas agressões contra a Venezuela, lado a lado com a direita pró-imperialista organizada na MUD, uma alternativa política que não representa nada de progressista contra o governo bonapartista e autoritário de Maduro. Trump foi contundente na condenação da Venezuela: nenhuma saída virá pelas mãos da intervenção imperialista na América Latina. Repudiar essas agressões é repudiar esse governo servil de Temer.

 
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