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DIA DE LUTAS
Em dia fraco de lutas, grandes centrais mantêm caminho livre para reformas e privatizações
Flavia Valle
Professora, Minas Gerais
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O dia de lutas chamado pelas centrais para esse dia 14/09 contou com a paralisação de algumas categorias nacionais como os trabalhadores técnicos dos institutos federais e assembleias e mobilizações em empresas metalúrgicas pelo país. Em Minas Gerais, os técnicos administrativos dos institutos federais e os professores da rede municipal de Belo Horizonte paralisaram suas atividades. Também houve cortes de rodovia, como na BR-381 em Betim, e manifestações em frente a portarias de empresas multinacionais, como a Belgo Bekaert e a General Electric, em Contagem, entre outras no interior do Estado.

Porém, o que marcou o dia foi a atuação das grandes centrais como a CUT e a CTB em isolar as paralisações e desarticular mais um dia nacional de lutas no país. A consequência dessa política das grandes centrais foram esvaziados nos Estados e o isolamento das ações que houveram em metalúrgicos. Em São Paulo, A CUT chegou ao absurdo de dizer, por via de sua direção sindical da APEOESP (sindicato de professores da rede estadual), que professor não tinha que se misturar com metalúrgicos.

A CUT, apesar o discurso de luta contra as privatizações como fazem em Minas Gerais, dividiu as bases das categorias que dirigem, fazendo ações isoladas em metalúrgicos nesse dia 14/09. Alem de ter se negado a unificar um grande dia de luta entre professores, petroleiros, bancários e metalúrgicos com chamados à juventude para lutar contra os ataques de Temer e o ajuste de Fernando Pimentel do PT que vem descarregando nos trabalhadores a crise.

A Força Sindical e a CTB, por sua vez, não fizeram nenhum chamado para o dia 14, mesmo sendo da CTB o poderoso sindicato de professores da rede particular de Belo Horizonte. Ao invés de apostar na força os trabalhadores a CTB e a Força Sindical assinaram junto à Fiesp do pato amarelo plataforma comum em defesa do emprego, como se a patronal paulista fosse um aliado na defesa dos postos de trabalho entre os metalúrgicos.

As novas denúncias de corrupção que envolvem Temer corrupção e malas milionárias como as do bunker de Geddel escancaram ainda mais a crise política sem fim em nosso país. Porém as grandes centrais seguem contendo as vias para uma resposta à altura dos trabalhadores e da população contra as privatizações e as reformas, atuando como freio da unidade entre os trabalhadores. São assim responsáveis pelo surgimento de uma conjuntura mais à direita na política nacional ao deixarem o governo golpista seguir desferindo ataques profundos contra os direitos dos trabalhadores e da população.

Basta da divisão das lutas e das categorias pelas grandes centrais. É preciso retomar os sindicatos para que seja um instrumento a serviço dos interesses dos trabalhadores que significa servirem ao fortalecimento das lutas contra as privatizações e as reformas, começando pela organização de um verdadeiro plano de luta entre todas as categorias, com assembleias de base e ações coordenadas para enfrentar esses enormes ataques.

Apenas com a unidade dos trabalhadores será possível enfrentar tamanha retirada de direitos e fazer os empresários e capitalistas pagarem pela crise. Unificando as mobilizações específicas como a dos metalúrgicos e de professores, junto a lutas fortes nos estados contra os ajustes dos governadores, como acontece agora na forte greve dos professores do Rio Grande do Sul, poderemos abrir caminhos para reorganizar uma efetiva frente única defensiva para enfrentar a reforma trabalhista, as privatizações e a reforma da previdência.

 
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