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QUEER MUSEUM
Polícia reprime duramente ato em frente ao Santander em Porto Alegre
Redação Rio Grande do Sul

A manifestação pela liberdade de expressão e contra a homofobia, uma reação ao fechamento da exposição Queermuseu, em Porto Alegre, terminou duramente reprimido pela ação de Brigada Militar. Além de dispersar e agredir os manifestantes, a polícia não teve problema algum em deixar claro que estava lá, também, para proteger os integrantes homofóbicos do MBL.

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O ato ocorrido hoje, 12, no centro de Porto Alegre, em frente ao museu Santander Cultural, na Praça da Alfândega, foi fortemente reprimido pela Brigada Militar. Organizado pelo comunidade LGBT, o ato protestava contra o fechamento da exposição Queermuseu, cancelada pelo banco Santander após sucessivos ataques do MBL. O banco, que nada havia feito para tentar manter a exposição (como uma campanha em sua defesa ou o reforço da segurança), acatou o discurso moralista e preconceituoso do MBL e cancelou a primeira exposição da arte queer do Brasil sob o argumento de que seria "ofensiva" e não seria includente.

A manifestação reuniu algumas centenas de pessoas, em sua maioria LGBTs. Em meio a uma série de intervenções artísticas, o ato protestava contra a homofobia e a censura, defendendo a liberdade de expressão e de manifestação artística. Tudo corria bem até o momento em que integrantes do MBL (os mesmos que haviam invadido a exposição para agredir verbalmente os espectadores e artistas) interromperam as manifestações, utilizando-se de xingamentos homofóbicos e agredindo verbalmente inúmeras pessoas ali presentes. Tal atitude preconceituosa gerou revolta nos manifestantes, que revidaram, cercando os agressores e chamando-os de "fascistas" e "reaças".

Imediatamente a tropa de choque da Brigada Militar invadiu a Alfândega, cercando os integrantes do MBL para "protegê-los" dos manifestantes (que não tentaram agredí-los fisicamente em momento algum). Após escoltá-los com segurança e carinho para um local seguro, a choque voltou à praça e iniciou uma violenta repressão contra os manifestantes que ali permaneciam.

Durante cerca de 30 minutos, bombas de gás e de efeito moral foram disparadas incessantemente pela choque para dispersar o ato. Mesmo após a manifestação ter sido interrompida definitivamente devido à repressão, a polícia permaneceu disparando bombas contra qualquer um que insistisse em ficar na praça. Como se não bastasse, ainda agrediu com cassetetes os últimos manifestantes que permanceram no local.

A violenta repressão da Brigada Militar contra a comunidade LGBT (e em defesa do MBL) demonstra claramente o caráter reacionário e homofóbico da polícia. Uma instituição que extermina sistematicamente a juventude negra e que reprime duramente manifestações progressistas. O ato pela liberdade de expressão em Porto Alegre terminou, assim, censurado e reprimido pela ação truculenta da polícia.

Veja video da repressão:

 
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