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ELETROBRÁS
Privatização da Eletrobrás aumentará a tarifa em ao menos 12%, segundo Aneel
Raimundo Nonato

Uma decisão do governo de "flexibilizar" a definição de tarifas de seis distribuidoras da Eletrobras que devem ser privatizadas ainda neste ano, para torná-las mais atrativas aos capitalistas, poderia impactar as tarifas em até cerca de 10%, segundo simulação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vista pela Reuters.

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O governo Temer permitiu que o regulador adote critérios menos rigorosos "de forma transitória" para definir as tarifas dessas empresas que operam em Acre, Alagoas, Amazonas, Rondônia, Roraima e Piauí.

Técnicos da Aneel simularam o impacto da medida e sugeriram que o leilão de venda das distribuidoras, previsto para este ano, atribua a vitória ao investidor que aceitar assumir as empresas com o menor aumento de tarifa, dentro de patamares-teto definidos pela agência. O acordo é "haver aumento nas tarifas".

Se aceita, a proposta do regulador resultaria em um leilão diferente de algumas licitações recentes do setor elétrico, como a venda da distribuidora Celg-D pela Eletrobras e de concessões de hidrelétricas pela União, quando houve cobrança de bônus de outorga pelo governo, com o objetivo de gerar recursos para o Tesouro.

A Aneel prevê que o aumento tarifário seja válido pelos cinco primeiros anos da nova concessão.

A distribuidora do Amapá, CEA, controlada pelo governo do Estado, também teria autorização para elevar suas contas de luz para posteriormente ser vendida, com impacto tarifário de cerca de até 11,8%, segundo o relatório da Aneel, com data de 8 de setembro.

A ofensiva na Eletrobras carrega uma forma do Temer atacar as estatais "pela beirada", testando sua força para na realidade privatizar outras quatro estatais centrais, a Petrobras, os Correios, a Caixa e o Banco do Brasil. Além dessas, já são 57 projetos de privatização que Temer colocou no seu "feirão" do patrimônio público aos empresários parasitários.

Trata-se de uma forma do governo medir suas forças conquistadas no último período, mostrando aos capitalistas que é capaz de aplicar ataques profundos, com uma canetada de Meirelles, apesar das debilidades demonstradas na votação da Reforma Política.

Veja aqui: 7 motivos para lutar contra a privatização da Eletrobras

A Eletrobrás tem de ser 100% estatal e controlada pelos trabalhadores em todos os seus níveis (geração, transmissão e distribuição), para que a energia elétrica não esteja em função do lucro a partir do aumento das tarifas, como era óbvio que ocorreria com sua privatização, mas sim a serviço dos interesses de todo o país. Para isso, é preciso atacar os direitos dos capitalistas.

 
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