Myriam Bregman esteve na manhã de ontem, 7, nos estúdios da Rádio Nihuil junto à senadora estadual Noelia Barbeito, para falar sobre o caso de desaparecimento de Santiago Maldonado.
Sobre os motivos de sua visita à cidade de Mendoza, Bregman disse que está “recorrendo distintos lugares do país e nessa oportunidade aceitei um convite de minha companheira Noelia Barbeito para vir e difundir a situação do desaparecimento de Santiago Maldonado. Há alguns dias estive em Esquel, lugar em que ocorreram os fatos e viemos trazer aqui esse debate”.
Bregman, faz alguns dias, esteve em Esquel junto a Nicolás del Caño e se referiu à situação da comunidade mapuche: “a situação da comunidade mapuche é muito ruim, já no mês de janeiro teve outra enorme repressão onde romperam a mandíbula de um integrante da comunidade e outros denunciaram ter vivenciado torturas. Isso não foi investigado e atuaram o mesmo juiz e a mesma fiscal, então já temos um problema de que a justiça não vem investigando de maneira independente”.
“Estar lá muda totalmente a visão que se tem diante dos acontecimentos. Quando se vê o que se constrói na mídia, que não é inocente porque o governo está trabalhando muito para uma determinada construção. Quando se chega ao lugar, é possível perceber que é outra realidade que se vive. Estive na comunidade mapuche e fui entrevistada pelos porta-vozes dessa comunidade. E ai é possível ir construindo uma realidade que a todos parece fidedigno, mas que há que enfrenta-la dia a dia porque há uma campanha midiática feroz para instalar o contrário”, aprofundou Bregman sobre a situação que vive a comunidade mapuche, denunciando a militarização da zona que amedronta a população.
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