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TRABALHO ESCRAVO?
Pezão quer os estudantes da Uerj trabalhando de graça no lugar dos servidores
Redação Rio de Janeiro
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A política do governo do estado do Rio de Janeiro e do golpista Temer não param de bater recordes de absurdo. Primeiro foram as recomendações do Ministério da Fazenda que quer as Universidades estaduais do Rio de Janeiro fechadas ou vendidas aos capitalistas, os trabalhadores da educação e os servidores demitidos. Como se não bastasse, hoje o governador do Estado, Fernando Pezão, saiu em entrevista à CBN defendendo que é preciso fazer uma reforma estruturante nas universidades para que os universitários da UERJ trabalhem para “retornar alguma coisa pro estado” por terem estudado “de graça”.

“Acho que temos de fazer uma reforma estruturante em todas as universidades. Acho que esse universitário que estuda de graça por 5, 6 anos tem que retornar alguma coisa pro estado. Esse aluno que estudou de graça dentro da universidade, ele tem de prestar um serviço, seja em qualquer área, como o Direito, pelo menos durante dois anos. Acho que é uma lei que quero mandar para a Alerj e discutir com a sociedade”, afirmou.

Com isso Pezão quer de uma só vez descarregar a crise que ele ajudou a criar, junto com os capitalistas que não param de lucrar, nas costas dos estudantes e dos trabalhadores ao mesmo tempo. É evidente que Pezão fará tudo que puder para substituir servidores por estudantes, que provavelmente não receberiam nada, ou se recebessem seguramente seria muito menos que o piso da função que desemprenharão.

Por sua vez, o acesso à educação pública e gratuita não deve ser encarado como um privilégio. É um direito mínimo, que sequer é garantido para todos, já que a amplíssima maioria não passa pelo filtro de classe do vestibular.

Por tudo isso, não se pode crer em suas afirmações de que a privatização da universidade “em nenhum minuto foi colocada para nós. Foi apresentado como sugestões.” Pezão e os empresários que representa estão testando a correlação de forças, para ver a melhor forma de aplicar este ataque. Agora teve que retroceder dada a comoção que isso gerou. Mas se os trabalhadores e a juventude não se mobilizarem, pode tentar implementar isso por diversas vias. E de fato, os capitalistas e seus governos já estão inviabilizando a UERJ de funcionar, ao privilegiar o pagamento da dívida pública que transfere bilhões aos banqueiros em juros, em detrimento de manter a universidade.

O acordo que Pezão firmou com o golpista Temer que exige a demissão de servidores, uma “revisão de ofertas de ensino superior” em nome de “conter os gastos”, não salvará o Rio de Janeiro. Favorecerá os capitalistas, os ricos, os que já vem depredando o estado há muito tempo. Por isso é preciso que os trabalhadores e a juventude levantem uma outra saída para a crise do estado, taxando as grandes fortunas. Os que mais lucram, e sempre foram favorecidos pelos governos, são os que têm que pagar por essa crise que criaram.

 
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