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ESCOLA SEM PARTIDO CAMPINAS
A quem interessa o Escola sem Partido aprovado em Campinas?
Chico Pontes
Vitória Camargo
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Na noite dessa segunda, votado em regime de urgência, foi aprovado em primeira sessão o projeto Escola sem Partido, de autoria do vereador Tenente Santini (PSD), com apenas 5 votos contrários. Um dia após a aprovação do projeto, a câmara votou mais um ataque contrário aos trabalhadores, aumentando o IPTU da cidade.

Esse é um projeto notadamente inconstitucional, com pareceres nesse sentido por parte do Ministério Público, do STF e até mesmo da própria Coordenadoria de Apoio à Comissão da Câmara de Campinas, cuja aprovação na cidade tem dois objetivos: intimidar professores, e projetar Santini para sua campanha em 2018.

Santini, como relatado neste Diário, é uma das caras mais conservadoras de Campinas. O “especialista” que quer dizer o que e como os professores devem educar os jovens, não tem nenhuma formação pedagógica, é uma figura que esteve a frente das tropas mais assassinas da polícia, a ROTA e a BAEP. Junto com o MBL, financiou a vinda de grupos de extrema-direita para o ato com um ônibus fretado da capital, como o Direita São Paulo. Com integrantes neonazistas com suásticas no braço, cantos xenófobos abraçados na bandeira de SP, homens empurrando mulheres que eram contrárias ao projeto, gritos racistas que diziam a um vereador negro (Carlão do PT) “volta pra senzala” e com diversas falas machistas contra o conjunto de mulheres ali presentes e contra a vereadora Mariana Conti(PSOL), o que vimos foi um show de horrores, tudo isso com a mais ampla conivência da Guarda Municipal e dos vereadores que aprovaram o Escola sem Partido.

Essa é a cara desse projeto: cercear debates fundamentais para a formação dos jovens em diversas disciplinas, de todas as áreas, como mostra o recente posicionamento da Sociedade Brasileira de Física. Poucos após um agressor assediar uma mulher em um ônibus na capital e ser solto, com grande repercussão nas redes sociais, os vereadores de Campinas querem que não discutamos isso com os jovens para educa-los: aprovam uma lei que irá colaborar com o aumento dos casos de violência contra a mulher ao impedir o debate de gênero na sala de aula.

Foram centenas de estudantes e professores de diversas escolas e universidades presentes para se manifestar contrários a esse projeto, assim como servidores em greve da área da saúde, cultura, representantes de sindicatos e movimentos sociais. As agrupações Movimento Nossa Classe – Educação, Faísca e Pão e Rosas estiveram presentes, assim como diversos outros coletivos, e seguirão com a mobilização para derrubar o projeto. É fundamental construir uma ampla frente-única para derrotar o Escola sem Partido e a extrema-direita.

Fotos de Amanda Emiliano

 
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