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RIO GRANDE DO SUL
Direção do CPERS acata proibição de Sartori e muda local da assembleia
Redação Rio Grande do Sul

Após receber a miséria de R$350 e paralisar cerca de 100 escolas à revelia da direção do sindicato na última sexta (1º), os educadores do Rio Grande do Sul se reuniriam em assembleia nesta terça-feira (05), na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini. Porém o governador José Ivo Sartori (PMDB) resolveu intimidar a categoria proibindo que a assembleia ocorresse na praça, uma decisão absurda e autoritária, mas que foi passivamente acatada pela direção do CPERS.

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Foto: Assembleia da categoria na Praça da Matriz. CUT/RS

A Praça da Matriz, localizada no centro de Porto Alegre, em frente ao Palácio Piratini e a Assembleia Legislativa, já foi palco de históricas manifestações dos trabalhadores e da juventude no Rio Grande do Sul. Greves de professores, manifestações de servidores contra os parcelamentos e os pacotes de ataques de Sartori, quando a Brigada Militar transformava a praça em um verdadeiro campo de guerra contra os trabalhadores, manifestações de estudantes que ocuparam centenas de escolas. Isso para citar somente alguns dos mais recentes exemplos.

Nesta terça-feira, mais uma vez, professoras e professores do estado, depois de receberem uma miséria do governo e paralisarem diversas escolas à revelia da direção do sindicato, se reuniriam ali às 09h da manhã para decidir os rumos de sua luta. O governo, muito provavelmente acuado pela força e disposição de luta demonstrada pelos educadores, resolveu proibir a assembleia de ocorrer no local.

Vale ressaltar que essa é uma decisão absolutamente ridícula e autoritária, já que a praça é um local público em meio à diversos outros prédios públicos. A decisão faz lembrar a greve de 2015, quando o governo mandou a polícia cercar a praça com armas e gradis após massivas manifestações de diversas categorias de servidores, que chegaram a impedir que a Assembleia Legislativa abrisse suas portas pela primeira vez em mais de 100 anos.

Ocorre que a direção do CPERS/Sindicato aceitou passivamente a decisão do governo e mudou o local da assembleia. Essa mesma direção que, em 2015, deu um golpe na categoria acabando com uma fortíssima greve contra a vontade da base. A mesma direção também que se colocou contrária às manifestações e paralisações que ocorreram em Porto Alegre e em outras cidades da região metropolitana na última semana. A postura passiva, porém, não surpreende. Uma direção que não é firme nem em manter o local da assembleia da categoria, instância máxima de deliberação da luta das trabalhadoras e trabalhadores, também não tem sido nada firme no combate contra as escandalosas medidas de Sartori.

A assembleia ocorrerá no Largo Glênio Peres às 09h, também no centro da cidade, mas um pouco mais longe do pátio de Sartori e dos deputados. É fundamental uma presença massiva das trabalhadoras e trabalhadores. Com a força e indignação com as quais professoras e professores paralisaram suas escolas na sexta, é possível votar e construir uma grande greve. É essa força que pode impor à direção do CPERS que o sindicato seja uma real ferramenta de luta da categoria contra as barbaridades de Sartori.

 
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