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ASSÉDIO NOS TRANSPORTES
VÍDEO: Marília Rocha chama campanha contra a violência contra as mulheres nos transportes
Redação

Diante das novas denúncias de assédio e estupro nos transportes nos últimos dias, o debate sobre a violência contra as mulheres nos transporte se faz mais urgente do que nunca. Em dois dias foram duas denúncias brutais de violência contra as mulheres que escancaram como a questão é tratada no Brasil peja justiça, pelo Estado e pelas empresas de transportes.

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A primeira denúncia, onde um homem ejaculou em cima de uma passageira, escancarou o machismo da justiça. O homem em questão, que já tinha passagem pela polícia, sob acusações semelhantes, foi preso em flagrante e foi encaminhada a denúncia de estupro ao juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto. A conclusão do juiz deixa claro o caráter machista da justiça: “Na espécie, não entendo que não houve o constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada em um banco do ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado."

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Esse caso não é exceção e traz desfechos trágicos. Num dos casos mais brutais de violência e feminicídio, o caso de Elisa Samúdio, a vítima buscou 8 vezes a justiça e foi ignorada. E mesmo depois de prender e condenar os culpados pela sua morte, a justiça mandou soltar seu assassino confesso, o goleiro Bruno, que posteriormente, depois de muita revolta, voltou a prisão. Atitudes como as do juiz José Eugênio e de muitos outros magistrados, escancaram o machismo da justiça, que nunca esteve preocupada com a vida das mulheres.

Nos transportes, a precarização e superlotação ajudam a mascarar o problema. As empresas de transporte, como o metrô que teve diversas denúncias, não tratam a questão de forma consequente para combater o machismo nos transportes. É necessário exigir, entre outras medidas, treinamentos para os funcionários dos transportes, kits para o atendimento das vítimas (com troca de roupa, por exemplo), atendimento físico e psicológico fornecidos pelo Estado para todas as mulheres que passam por essa situação humilhante nos transportes públicos e atestados que sirvam como comprovação para que essas mulheres tenham tempo para se recuperar e não tenham que ir trabalhar em seguida.

O machismo e o patriarcado encontram apoio na justiça e no estado. No sistema capitalista o machismo é um dos sustentáculos para a exploração dos trabalhadores. Por isso, a luta contra a violência machista precisa ser também uma luta anticapitalista.

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Veja o vídeo de Marília Rocha, diretora do Sindicato dos Metroviários e integrante do grupo de mulheres Pão e Rosas

 
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