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PM NA UFMG
Após entrada da PM na UFMG, coronel ameaça: “não vamos modificar a forma de atuar”
Redação Minas Gerais

As declarações foram feitas em entrevista à Itatiaia, respondendo ao repúdio de estudantes da UFMG à presença da corporação na universidade. O Coronel da PM Winston Coelho disse ainda que “eles é que são homofóbicos e racistas”, se referindo aos estudantes. Assembleia estudantil realizada na FAFICH na quarta-feira (30) se posicionou contra a presença da PM na UFMG.

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PM invade UFMG, no dia 7 de dezembro de 2016. Foto: Pedro Gontijo/O Tempo

O Coronel, que é comandante do policiamento de Belo Horizonte, deixou bem claro que a PM pretende seguir seu “padrão de ação” de violações a direitos humanos, racismo e violência ao tratar com a comunidade universitária da UFMG e com a comunidade externa que frequenta a universidade. A entrevista pode ser lida e ouvida aqui.

Após uma série de roubos dentro da universidade nas últimas semanas, a Reitoria decidiu aprovar arbitrariamente a intervenção da Polícia Militar no Campus Pampulha.

Leia também: “O Reitor mente. A PM na UFMG não serve à nossa segurança”

Desde então os estudantes questionam a ação do Reitor Jaime Arturo Ramírez, lembrando o exemplo das ações da PM contra as ocupações estudantis que paralisaram as aulas por mais de um mês em 2016 em defesa das verbas públicas da educação, quando a PM usou de violência e terrorismo, invadindo ilegalmente a universidade e ferindo dezenas de estudantes universitários e até secundaristas.

Uma assembleia estudantil da FAFICH, realizada na quarta-feira (30), reuniu cerca de 50 estudantes e se posicionou contrária à medida. Em reunião não deliberativa convocada pelo DCE a ampla maioria dos mais de 100 estudantes presentes se posicionou contra a presença da PM na UFMG.

A decisão do Reitor passou por cima das discussões que têm sido feitas na universidade. Sem consultar nem mesmo o já antidemocrático Conselho Universitário, onde os estudantes são sub-representados em relação ao seu número na comunidade universitária, a decisão foi tomada após uma reunião com um major da Polícia Militar, e agora, com autorização para atuar no Campus Pampulha, a instituição “desafia” os estudantes que se opõem à medida.

Segundo Pammella Teixeira, estudante de Ciências Biológicas e militante da juventude Faísca:
“Somos contrários à presença da PM no campus porque vai contra tudo o que lutamos, que é uma universidade aberta à população, com festas e vida cultural, sem racismo, machismo e homofobia, onde todos possam usufruir do espaço e também do conhecimento. A Reitoria foi rápida em tomar esta medida mas passou anos sem providenciar uma iluminação de qualidade e pleno funcionamento noturno na universidade, o que deve ser feito o mais rápido possível, pois poderá atenuar muito a situação. Também demitiu centenas de trabalhadores terceirizados, entre eles das portarias e da segurança.

A insegurança existe em toda sociedade pela situação de desemprego e retirada de assistência e de direitos sociais, e não podemos militarizar a universidade para nos isolar ainda mais, o que muita vezes deixa a universidade ainda mais insegura. As assembleias realizadas são o caminho pra resolver esse problema tão difícil, porque a mobilização e a auto-organização dos estudantes junto aos técnico-administrativos e professores é capaz não só de encontrar melhores medidas para a nossa segurança, mas também de questionar a estrutura da UFMG que tem no reitorado a garantia da manutenção de uma universidade cada vez mais fechada, desigual, antidemocrática e, inevitavelmente, violenta.”

 
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