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CRISE NA UNESP
UNESP tem defasagem de 850 docentes e pode ter que fechar cursos
Redação

A crise nas universidades públicas brasileiras tem se intensificado mais e mais a cada dia. Se muitas universidades federais já vêm manifestando sintomas da queda absurda no repasse realizado por parte do governo federal, em muitas universidades estaduais a situação não é tão diferente. Após uma crise sem precedentes ter estourado na UERJ em 2017, agora a UNESP se encontra em uma situação cada vez mais difícil.

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A UNESP é mais uma universidade pública brasileira a mergulhar na crise que se alastra de forma cada vez mais intensa pelo ensino superior do país. Com mais de 50 mil alunos, sendo uma das maiores universidades do Brasil, a UNESP conta com uma defasagem atual de 850 docentes. Um número tão alarmante a ponto de se falar em risco de fechamento de cursos.

Atualmente a universidade mal tem dinheiro para conseguir arcar com os custos da folha de pagamento de seus funcionários, o que impede qualquer efetivação de novos professores. O repasse recebido pela UNESP do ICMS permanece congelado desde 1995 na casa de 2,34%. Contudo, naquela época a universidade não contava com nem a metade do número de alunos e funcionários atual.

Além da falta de docentes, gerada pelo fato de que aqueles professores que são aposentados não vêm mais sendo substituídos, a UNESP enfrenta uma série de outros problemas gerados por sua crise financeira, que comprometem a qualidade de ensino e a estrutura da universidade. Há muitos professores sobrecarregados, incapazes de realizar monitoria. Muitos cursos que necessitam de saídas de campo não vêm mais as realizando; o Restaurante Universitário (RU) não pode servir mais do que 300 refeições por dia (num mundo de 50 mil alunos) e o RU de Araraquara já se encontra sem funcionamento.

A crise é generalizada no ensino superior brasileiro: a UNESP já cogita fechamento de cursos devido à impossibilidade de repôr professores; a UERJ têm seus docentes com salários atrasados a meses; na UFES detentos estão realizando a limpeza; na UFSM metade da segurança patrimonial foi demitida; na UFRGS o valor do RU subiu 700% para funcionários e os terceirizados irão receber parcelado. Aliado a tudo isso, Temer anuncia cortes brutais no CNPq, comprometendo a pesquisa e a extensão, dois pilares das universidades públicas. A crise vem sendo jogada também sobre os ombros da juventude, que tem sua educação comprometida para que os governos, da Alckmin a Temer, garantam o lucro dos empresários.

 
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