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CASTA PRIVILEGIADA
Juízes do STF gastam R$ 708,5 mil em passagens aéreas por fora do seu supersalário
Redação
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Durante a presidência da ministra Cármen Lúcia, o Supremo Tribunal Federal (STF) gastou em torno de R$ 708,5 mil em despesas com passagens aéreas para ministros e auxiliares, conforme levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base em dados compilados e divulgados pela própria Corte na internet. Na sessão desta terça-feira, 29, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cármen defendeu um Poder Judiciário "forte, livre e imparcial".

Faltou dizer "privilegiado", recebendo salários inimagináveis a um trabalhador comum, que dificilmente ganha em um ano o que os juízes do supremo recebem mensalmente, em Julho um valor bruto de R$ 37.476,93. Além desse "salarinho", recebem diversos auxílios, como moradia e o custeio de passagens aéreas em território nacional.

Veja também: Janot recebe aluguel pago com auxílio-moradia que ele mesmo concedeu

Desde que Carmen Lucia assumiu a presidência do STF em setembro de 2016, o valor gasto em passagens ultrapassou levemente o valor gasto com auxílio moradia. As despesas com auxílio-moradia ficaram em um valor similar ao dos bilhetes aéreos: R$ 698,6 mil. Segundo a relação de beneficiários divulgada pelo STF, 30 servidores recebem o auxílio-moradia.

Para 2017, cada ministro do STF tem uma cota anual de R$ 50 402,82 que pode ser usada apenas para voos no território nacional. Se algum integrante superar esse teto, a Corte deixa de pagar pelos deslocamentos. Entre os ministros, Gilmar Mendes foi o que mais gastou no mês de julho, somando R$ 4.968,93. Os ministros Alexandre de Moraes (R$ 5.082,89) e Ricardo Lewandowski (R$ 7.266,62) foram os que mais usaram a cota em junho e maio, respectivamente.

A proposta orçamentária do STF para 2018 prevê R$ 2,085 milhões para a compra de passagens aéreas, tanto para ministros quanto para servidores.

Tamanhos privilégios, em especial frente a um cenário de crise econômica, de desemprego, arrocho salariais, perda de direito dos trabalhadores, representam um Supremo que não coincide seus interesses com a desses setores. A "imparcialidade" defendida por Carmen Lúcia está longe de ser uma realidade quando se é uma casta Judiciária muito bem paga, privilegiada, muito mais próxima dos grandes empresários e patrões para garantir a ordem e o regime político corrupto e que ataca aos trabalhadores.

 
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