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CAMPINA GRANDE (PB)
II Seminário Discente da-Pós-graduação em Ciências Sociais terá contribuições do Esquerda Diário
Gonzalo Adrian Rojas
Shimenny Wanderley
Campina Grande
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Na Quarta-feira 30 de agosto e quinta-feira 31 de agosto será realizado o II Seminário Discente do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Campina Grande com o tema “Crise, conservadorismo e formas de resistência: os 40 anos do PPGCS". O Semanário é organizado de forma autônoma pelos estudantes mas terá contribuições de integrantes do programa que fazem parte do Esquerda Diário impulsionado pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT).

30 de agosto: grupos de pesquisas, minicurso sobre revolução russa e debate sobre conjuntura política no país:

Na quarta-feira, 30 de agosto, ás 09 horas serão realizadas as apresentações dos diferentes Grupos de Pesquisas do Programa e Janaina Freire dos Santos, membro de ED, apresentará sua pesquisa intitulada “Das veias abertas às vias abertas: Semicolonialismo, ´Neo-desenvolvimento’ e suas contradições a partir da atuação do Estado Brasileiro por meio da IIRSA sobre a América Latina durante os governos do PT”. Janaina Freire dos Santos apresentará de forma crítica os impactos deste projeto brasileiro com ênfase na infraestrutura sobre seus vizinhos latinoamericanos, como, por exemplo, os povos do Território Indígena e Parque Nacional Isiboro Secure (TIPNIS). Uma área protegida, situada entre o norte do departamento de Cochabamba e o sul do Departamento de Beni (províncias de Chapare, Moxos, e Marban) e que abriga indígenas pertencentes ao Tsimane, Yuracaré, e povos Mojeño-Trinitário, tendo sido a sua parte sul colonizada por colonos agrícolas, em sua maioria plantadores de coca, desde os anos 1970, que acabou sendo um pesadelo de conflitos para o governo boliviano de Evo Morales.

Por sua vez Gonzalo A. Rojas falará do projeto geral do grupo de estudos Práxis sobre “Os governos pós-neoliberais na América Latina” no marco do fim de ciclo destes governos e o giro a direita na superestrutura política, sendo que o conjunto da sessão será coordenada por Deborah Maria C. de Lima.

Esta atividade será realizada na Sala 15 no Hall das Placas do Centro de Humanidades (CH).

As 14 horas, na Sala BZ 206, será o momento dos Minicursos onde apresentaremos um intitulado: “A revolução russa 100 anos depois: Perspectiva sociopolítica e debate de estratégias” que será ministrado por Gonzalo A. Rojas, professor do referido programa, e Shimenny Wanderley, mestranda do PPGCS, os dois integrantes do staff de Esquerda Diário e do Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT).

O minicurso está estruturado da seguinte forma: terá uma introdução geral sobre o tema e tomará como ponto de partida as Teses de Abril de Vladimir Ilitch Lenin e as Lições de Outubro de León Trotsky no sentido de reforçar a importância política da estratégia bolchevique.

Com base neste livro será explicada a perspectiva de León Trotsky enfatizando o por que a Revolução Russa deve ser estudada, em particular em termos organizativos e políticos, e neste sentido os cem anos da Revolução Russa é um momento chave para realizar um balanço político, um debate de estratégias. Para isso será preciso defender de forma ofensiva todas as lições e conclusões que a classe trabalhadora possa tirar da primeira ocasião em que chega a se fazer do poder político no nível estatal.

Nesta parte do minicurso será crucial diferenciar táctica e estratégia a partir do acúmulo dos debates sobre o tema na III Internacional e Trotsky, mas também de Antonio Gramsci e duma análise critico de Karl von Clausewitz. Entendendo táctica como a arte de orientar as operações isoladas, a direção dos combates parciais e estratégia como a arte de vencer, ligar os resultados ao objetivo da guerra, a conquista do poder político pelo proletariado e a instauração de um governo operário, entendida como afirma Trotsky no programa de transição (1938), a forma popular da ditadura do proletariado.

Só conseguiremos este objetivo com independência teórica e política, subordinando a tática a estratégia e criticando a todas as frações da burguesia e seus ideólogos, os que, por diferentes meios, vão querer apagar as conclusões revolucionárias que possamos tirar de seu legado e apresentar a Revolução Russa como a criadora de todos os males da humanidade. Mas também devemos abordar um debate de estratégias no interior da própria esquerda que apresenta que a Revolução Russa é sinônimo de Estatismo e stalinismo, justamente sua contra-cara a da contrarrevolução burocrática, assim como das variantes kautskystas, maoísmo, foquismo e o próprio anarquismo ou autonomismo.

As escolhas dos eixos, então, tiveram relação com a necessária crítica a um conjunto de afirmações que em geral historiadores e jornalistas, ideólogos da burguesia, apresentam sobre a Revolução Russa, diferenciar bolchevismo de stalinismo de forma clara e acrescentando que deve se fazer também uma caraterização e um necessário balanço das diferentes estratégias da esquerda. Alguns dos outros textos que serão sugeridos são Três concepções sobre a Revolução Russa, os Apêndices de Trotsky a História da Revolução Russa e a conhecida Conferência de Copenhagen do mesmo autor. Para fechar com uma conclusão.

As 18:30 horas participaremos de uma mesa intitulada: “Crise, conservadorismo e formas de resistência: os 40 anos do PPGCS” onde além de Gonzalo A. Rojas participaram os professores Luís Henrique Cunha, Coordenador do PPGCS/UFCG e a professora Mércia Batista do PPGCS. Será na Sala 15 do Hall das Placas do Centro de Humanidades (CH). A mesa debate será uma oportunidade ímpar para realizar uma análise da conjuntura política no país.

Nessa análise entendemos que devemos considerar os elementos de uma situação política mais a direta, que deu certa estabilidade política a Michel Temer a partir do boicote das centrais sindicais a greve do dia 30 de junho, a aprovação dias depois da reforma trabalhista e a não aceitação da denúncia contra Temer por parte do Congresso. Vinculando a tudo isto a reforma política que tenta em nome de uma crise de representação real dos partidos do sistema pós constituição de ’88, realizar mudanças ainda mais antidemocráticas que tem como objetivo a exclusão da esquerda do cenário político mesmo superestrutural.

Em termos econômicos, mesmo com um crescimento mínimo nas exportações, a tendência é uma baixa tendencial mais constante dos preços das commodities que fortaleceria um cenário de recessão e deflação sem recuperação da demanda interna. Neste contexto é que devemos enquadrar os ataques do governo aos trabalhadores e a resistência destes a passar da traição das centrais sindicais.
Devemos somar também a incerteza com as mudanças na Operação Lava Jato com o ingresso de Rachel Dodge por Rodrigo Janot o que poderia aprofundar as medidas dos Judiciário sobre a “classe política”.

Desde esta perspectiva entendemos que é preciso retomar a lutar contra as reformas e o caminho da greve e no marco desta discussão entendemos que para uma saída de fundo é preciso aliar a classe trabalhadora, a juventude, o povo pobre e a classe média empobrecida na luta por uma eleição que seja capaz de mudar as regras de jogo a nosso favor, que só pode ser uma constituinte imposta pela mobilização e uma greve geral. Uma Constituinte que parta de anular a PEC 55/241 que coloca teto aos gastos sociais e serve para garantir o pagamento aos banqueiros, anular a lei de terceirização, que sirva para anular os ataques de Temer e também dos governos anteriores, Dilma, Lula, FHC, Itamar e Collor de Mello. Uma Constituinte que exproprie as empresas dos corruptos e as coloque sob o controle dos trabalhadores. O objetivo da Constituinte não pode ser recompor este sistema político podre, senão substituir ele, tem que ser uma Constituinte transicional e anticapitalista.

31 de agosto: Parlamentarismo revolucionário e Movimentos sociais.

Na quinta-feira,31 de agosto, ás 09 horas na sala 204 do Centro de Humanidades (CH), dentro do espaço “Compartilhando questões de pesquisa” Shimenny Wanderley apresentará seu projeto de dissertação sobre Parlamentarismo revolucionário na Argentina a partir da experiência do Partido de Trabajadores Socialistas (PTS) integrante da Frente de Izquierda y de los Trabajadores (FIT).
Inicalmente a socióloga realiza um Balanço da literatura sobre Parlamentarismo revolucionário tema tanto no plano teórico como empírico, passando das experiências posteriores da Revolução Russa de 1905 ao caso típico de Parlamentarismo Revolucionário que se expressou no voto do deputado comunista alemão Karl Liebknecht em 1914 contra os créditos de guerra que a classe dominante alemã precisava para a I Guerra Mundial. Uma vez realizado este primeiro movimento articula a tradição parlamentarista revolucionaria a sua expressão na Argentina.

Os parlamentares revolucionários reivindicam sua participação no parlamento numa perspectiva que articula essa luta no Parlamento com os conflitos sociais do país se apresentando como tribunos do povo. Tem como característica a manutenção da independência política, dos patrões, dos oficialismos governamentais e do Estado, realizando um uso tático do mandato parlamentar em função das lutas dos trabalhadores e o povo pobre, contribuindo assim a uma nova relação entre representantes e representados, que contribui também com a democratização da sociedade sem renunciar a uma ruptura revolucionária. As propostas elaboradas assim como suas práticas políticas tem elementos que poderíamos denominar transicionais, como por exemplo receber o mesmo um salário que uma professora e contribuindo com o resto as lutas e greves em curso no país. Esta proposta, por exemplo, foi inspirada na Comuna de Paris de 1871, onde se decidiu que cada político ganhe o mesmo que um trabalhador qualificado.

Do ponto de vista empírico podemos mencionar os mandados de deputados nacionais de Nicolás del Caño (dezembro 2013-dezembro2015) e Myriam Bregman (desembro 2015 – dezembro 2016), o deputado no Estado de Buenos Aires, Christian Castillo (dezembro de 2013 - julho 2014), a legisladora cordobeza Laura Vilches desde 2015 até atualidade e no caso do estado de Mendoza, a Senadora estadual Noelia Barbeito, o deputado e deputada estaduais Lautaro Jimenez e Cecilia Sosa, em exercício na atualidade assim como a vevreadora na cidade de Mendoza, Escudero, o mesmo que o operário ceranista de Neuquen, Raul Godoy e Nicolás del Corro como vereador na Legislatura da Cidade Autonoma de Buenos Aires.
Acrescentamos que desde o dia 10 de junho d 2017 Nathalia González Seligra, também é deputada nacional, Secretaria de direitos humanos do Sindicato Único de Trabalhadores da Educação de Buenos Aires (Suteba Matanza) e Dirigente nacional do PTS.

Nesse mesmo dia teremos a mesa de encerramento intitulada: “Movimentos do campo, feminismo e negritude: Memória e Resistência em tempo de crise”, que estará integrada por Ramonildes Gomes e Gabriel Corrêa professores do PPGCS e os doutorandos Michela Calaça e Cláudio Jr, que será coordenada por Shimenny Wanderley, Auditório da Biblioteca da UFCG .

O evento é organizado de forma independente pelos discentes, como parte do programa pretendemos realizar nossa melhor contribuição desde Esquerda Diário impulsionada pelo Movimento Revolucionário dos Trabalhadores.
Convidamos a todos a participação no conjunto das atividades:
Informes, programação completa e inscrição: https://www.seminariodiscente.info/

 
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