Temer defendeu hoje o financiamento privado de campanhas. Como político fisiológico do regime, não poderia deixar de ser já que foi o financiamento de empresas, com bilhões que muitas vezes são sonegados, ou que servem para fazer caixa 2 como a acusação feita em delação premiada contra Temer, descartada pela câmara dos deputados caixas 2.
Temer defendeu que o financiamento empresarial fosse restrito à um só partido, e não a vários. Desta forma, haveria segundo ele uma "fidelidade partidária" da empresa... no caso uma fidelidade de investimento, já que as empresas financiam os candidatos para poderem passar projetos de lei e medidas que as beneficiem, sendo o parlamento um podre balcão dos negócios burgueses.
A proposta é utópica e nem mesmo Temer deve acreditar nela, já que além do que é declarado oficialmente como financiamento, existe o enorme montante que as empresas injetam nas campanhas dos políticos e que não entra para a contabilidade, em manobras tanto para o caixa 2 pessoa do político, quanto para a própria campanha.
Na prática hoje empresários já financiam as campanhas, porém ao invés de fazê-lo em sob o nome da empresa, financia como pessoa física, trocando o CNPJ da empresa pelo CPF. Na reforma política, partidos propõe um fundo "público" de campanha, que na realidade é privado pois a maior parte dele iria ao PMDB, PT e PSDB, enquanto que partidos muito pequenos, em especial os da esquerda e dos trabalhadores, estão ameaçados através da proposta de cláusula de barreira.
Temer, além disso, defendeu a proposta do "distrital misto", uma forma de manter os caciques políticos intactos ao questionamento popular que rejeita políticos e juízes cada vez mais. Por isso querem uma reforma política para se manter no poder e excluir a esquerda ou os trabalhadores.
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