Após a desastrosa construção da Transamazônica que nunca chegou a ser concluída, da Tragédia de Mariana, até hoje sofrendo as consequências de governos e capitalistas a serviço do lucro e dos inúmeros ataques de Temer ao povo indígena, mais uma navalha fará o Brasil sangrar, o presidente golpista leiloará para estrangeiros enorme porção de terra, para extração de metais e ouro.

A Reserva criada em 1984, durante a Ditadura Militar, que tem 47 mil quilômetros, do tamanho da Dinamarca, o equivalente ao estado do Espirito Santo ou oito vezes a dimensão do Distrito Federal foi posta a liberada para extração de ouro e outros minerais por meio de decreto de publicado ontem no Diário Oficial da União.

A Reserva Nacional Nacional de Cobre e Associados (Renca) fica entre o Pará e o Amapá, abriga 2 reservas indígenas, a comunidade Waiapã e Rio Paru d`Este e nove áreas de proteção ambiental: o Parque Nacional Montanhas do Tucumanque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva Ecológova do Jari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Itapuru.

Para Cassandra Oliveira, ambientalista do Instituto Chico Mendes, um órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente em entrevista ao Jornal O Globo:
— "A ameaça é que atividades de grande impacto sejam realizadas sem o devido acompanhamento nem a participação da população local. Existe muita fragilidade. A vida que é extinta na área de mineração também é extinta no seu entorno."

O governo afirma que: "A extinção não afasta a aplicação de legislação específica sobre proteção da vegetação nativa, unidades de conservação da natureza, terras indígenas e áreas em faixa de fronteira", no entanto não especifica como se darão os Leilões e nem qual modelo será adotado para extrações, deixando em aberto para a ganancia do capital o que for de seu interesse.

Fonte das Imagens: BBC