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RIO DE JANEIRO
Denúncias de violência e abusos na operação da Polícia e do Exército no Rio de Janeiro
Juan Chirioca
RIO DE JANEIRO
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Na última segunda-feira (21) iniciou-se mais um episódio da reacionária ocupação militar na cidade do Rio de Janeiro no suposto combate ao “crime organizado”. As Forças Armadas invadiram na madrugada 8 comunidades da zona norte da cidade para uma megaoperação na procura de 14 traficantes, armas e drogas.

Ao tempo que o Bispo-prefeito parabeniza e saúda a grande operação do exercito na cidade com a ação conjunta da Força Nacional, Polícia Federal, Rodoviária, Civil e Militar. Mentindo descaradamente afirmando que está sendo realizada “sem disparar um tiro” quando na realidade já tem 7 mortos no Jacarezinho. A situação é de terror para os moradores que já estão estocando comida e água para enfrentar a situação de guerra que a ocupação militar os coloca.

A operação que está sendo implementada para reprimir os negros e pobres nas favelas da cidade no meio a uma crise econômica política e social que continua se aprofundando dia após dia no Rio de Janeiro. Nesta semana são 8 as favelas invadidas: Jacarezinho, Complexo do Alemão, Bandeira 2, Morar Carioca, Parque do Arará, Mandela, Manguinhos e Mangueira.

A ocupação militar que transformou a cidade do Rio num cenário de guerra mais do que combater o “crime organizado” na cidade está impedindo os moradores das favelas da cidade de ir e vir normalmente, atrapalhando a vida de milhares de cariocas, ou inclusive pior invadindo as casas das pessoas e comprometendo a educação das crianças dos colégios da cidade. A situação hoje já é revoltante pois foi decidido pela Secretaria Municipal de Educação suspender as aulas em 15 das 26 escolas da região.

Os militares agora invadem casas, tomam celulares e pertences dos moradores aos quais eles chamam de "macacos" como está sendo relatado nas redes sociais. A Ponte jornalismo relatou que um estudante de pedagogia foi preso por registrar no celular a ação dos policiais e do exercito e foi levado à Cidade da Polícia como se denunciar a ação criminosa dos policiais fosse delito.

Segundo Raul Jungmann, ministro de defesa, foram 29 pessoas detidas, 12 destes em flagrantes. Além disso foram apreendidas 7 pistolas, 7 carros, 1 espingarda, 250 balas, 2 granadas, 300 quilos de maconha, 1,5 quilo de haxixe e 200 de cocaína. O Secretário de Segurança, Roberto Sá afirmou que essa operação possibilitou “a entrada de serviços públicos no Jacaré. Serviços públicos que na realidade significará mais policiamento, violência e hostilidade contra a população do Jacaré especialmente a juventude negra das favelas como já o provou o projeto falido das UPP.

É no mínimo questionável que uma operação que articulou a Policia Militar, Civil a Policia Rodoviária junto a mais de 5mil homens das Forças Armadas seja realmente para “combater o crime organizado”, pois para o tamanho da operação o que mais tem sido feito de forma mais eficaz e a repressão e a violência contra os moradores das favelas.

Uma operação que no Jacarezinho em particular é mobilizada pela vingança policial e que os moradores do Jacarezinho já sobrem com a violência policial e do exército, além da mobilidade urbana e com as aulas suspensas em muitas das escolas da região com 22 mil crianças sem aula há 7 dias. Assim a secretaria municipal vem dar uma cara mais legalizada ao fato de que as crianças não precisam de educação em nome do combate ao crime organizado.

A crise social avança na cidade do Rio de Janeiro, implementada pelos governos municipal, estadual e federal. Com salários atrasados, serviços públicos precarizados, desemprego aumentando a crise social aumenta cada dia no Rio ao tempo que as grandes empresas mantém seus lucros altos com isenções fiscais milionárias que o estado da de presente ao tempo que declara não ter dinheiro para pagar os servidores e ainda avança com um processo de privatizar a Cedae privatizando também assim a água, deixando esta de ser um direito, passando a ser uma mercadoria.

 
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