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Bolsonaro compara ovada que levou com espancamento de professora
Redação

No início da semana repercutiu nas redes sociais a denúncia feita pela professora Marcia Friggi sobre o espancamento que sofreu dentro da escola por seu aluno de 15 anos. Após denunciar sua situação, a professora passou a receber ameaças e mensagens de ódio em seu perfil pessoal, sendo que Jair Bolsonaro em sua página oficial do Facebook comparou o espancamento à ovada que levou.

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Marcia Friggi tem 51 anos e é professora da rede pública na cidade de Indaial, em Santa Catarina. Ela relatou em entrevistas à imprensa que foi violentamente agredida após encaminhar o aluno de 15 anos à direção, por ter lhe agredido verbalmente em uma discussão na sala de aula. O rosto de Marcia ficou marcado por fortes ferimentos.

As mensagens de ódio que a professora catarinense recebeu a chamavam de “esquerdista”, “feminista” e diziam que ela “mereceu” ser violentamente agredida por conta de seu posicionamento político. Além da comparação de Jair Bolsonaro com a ovada que levou de uma criança, também foi seguido por seu filho, Flávio Bolsonaro, que chegou a dizer que a professora é uma incentivadora da violência dentro da escola e que independente da idade o garoto deveria ser preso.

Essas mensagens, muitas das quais feitas por pessoas que se reivindicam apoiadores de Bolsonaro, reproduzem uma opinião conservadora, que quer censurar a opinião política da professora, além de expressarem um conteúdo misógino, que, ao argumentar que ela é feminista comemora a sua condição de agredida e afirma que “apanhou pouco”. Em contrapartida, Marcia respondeu repudiando todo esse conteúdo “Estou cada vez mais convicta de que sempre lutei e continuarei lutando por um mundo melhor, livre do ódio, do racismo, do preconceito, do machismo, da misoginia, da homofobia, do fascismo”.

Em resposta à situação, a professora catarinense disse que não se sente intimidada, apesar de saber que existe um desamparo aos professores por parte dos governos. Marcia afirmou “Estou dilacerada por saber que não sou a única, talvez não seja a última. Estou dilacerada por já ter sofrido agressão verbal, por ver meus colegas sofrerem. Porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros. Estamos, há anos, sendo colocados em condição de desamparo pelos governos”. A professora também reafirmou seu compromisso com a Educação e seu posicionamento contra a maioridade penal.

 
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