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FURNAS
Temer quer privatizar Furnas e entregar usinas modernizadas
Anna Hotza
Franca
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O governo de Michel Temer, como forma de um governo voltado à manutenção do lucro da burguesia, coloca sob ameaça a Eletrobrás Furnas, empresa de economia mista vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Durante um seminário regional, no dia 4 de agosto, em Passos, realizado pela Agência Nacional de Águas, o presidente do SindeFurnas colocou a possibilidade de risco de privatização da Usina de Furnas:

“A privatização de usinas do Sistema Furnas vai prejudicar toda a população, já que o primeiro passo será o corte dos royalties a que os municípios lindeiros têm direito. O segundo passo, que é ainda mais grave, será o controle da água, afetando os setores do abastecimento, da agricultura, da pecuária, da geração de energia e também do turismo”, advertiu Miguel Faria.

O atual governo está colocando este avanço privatista justamente naquelas usinas que passaram recentemente por modernizações, como no caso da Usina do Estreito, em Pedregulho/SP, no nordeste do Estado de São Paulo.

O Sindicato dos Eletriciários de Furnas e DME vêm fazendo denúncias e solicitando apoio aos políticos, em uma tentativa quase nula de se impedir a privatização das usinas. Somente os trabalhadores podem fazer o enfrentamento de tal situação, unindo-se às comunidades locais para proteger postos de trabalho, preços acessíveis de água e energia e a manutenção da empresa sob controle estatal.

A ideia de Temer, é justamente entregar nas mãos de grandes corporações mais esse patrimônio nacional, que afetará toda a população da região com o risco de aumento do custo de energia e distribuição de água, deixando de redistribuir os royalties, causando grande colapso dos municípios que dependem desse dinheiro para manutenção das necessidades básicas.

Isso porque, como exemplo do ano passado, “os empreendimentos de furnas geraram cerca de R$ 155 milhões em Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH), conhecida como royalties da água. As administrações estaduais e 155 municípios de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, e Distrito Federal foram beneficiadas com os recursos, além de órgãos do Governo Federal. A empresa ficou atrás apenas da Copel, com R$ 175,1 milhões e da ENGIE Brasil Energia, com R$ 192 milhões. Nos últimos dez anos, Furnas pagou aproximadamente R$ 1,6 bilhão para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que repassou o valor aos estados e municípios pelo uso de recursos hídricos para geração de energia”.

Esses repasses beneficiam administrações dos estados e municípios, utilizado tanto para pagamento de funcionários públicos quanto para pagamento de dívidas. “Em 2016, 711 municípios de 22 estados receberam R$ 751.671.290,95 em royalties da água. São Paulo teve o maior número de municípios beneficiados com 193, seguido por Minas Gerais, com 152, e Paraná, com 69”.

O intuito do ataque do Temer vem acompanhado da utilização do governo de uma consulta pública forjada para legitimar a tentativa de avanço de privatização– que pode de fato atingir toda a população da região e aumentar o nível de carestia de vida da região, que depende do turismo estatal que pode proporcionar avanços sem o dedo da iniciativa privada, além de prejudicar setores de trabalhadores que dependem da empresa enquanto patrimônio da região, na lógica de privatização como forma de relação de interesses e manutenção de privilégios da burguesia e empresas estrangeiras.

 
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