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PELA READMISSÃO DOS METROVIÁRIOS
Por uma forte campanha para readmitir os metroviarios
Marília Rocha
diretora de base do Sindicato dos Metroviários de SP e parte do grupo de mulheres Pão e Rosas

Veja declaração de Marília, diretora do sindicato dos metroviários, operadora de trem da linha 3 vermelha e demitida política da greve de 2014

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O Metrô já vinha de uma ofensiva de demissões a "conta gotas" com o argumento de "baixa produtividade". Sexta-feira, 11, foi a vez de uma operadora de trem da linha 1 azul, que reconhecidamente desempenhava todas as funções que lhe eram designadas, a despeito dos problemas de saúde que possui. Na mesma sexta o Metrô também demitiu sem nenhuma justificativa dois jovens que estavam em treinamento na estação Sé, conforme denunciamos aqui.

Ao mesmo tempo, a Companhia e o governo do estado levam a frente uma política de privatização e terceirização. As bilheterias da linha 5 já trabalham há mais de um mês com trabalhadores terceirizados, que cumprem jornadas de trabalho extensas e ganham muito menos que os metroviários efetivos. O plano é terceirizar todas as bilheterias até o final do ano. Além disso, o leilão para privatização da linha 5 também está agendado para dia 28 de setembro. Alckmin quer vender o Metrô a preço de banana para as mesmas empresas que financiam suas campanhas eleitorais, envolvidas em diversos escândalos de corrupção.

O que o Metrô esconde é que essas demissões são uma tentativa de se "adequar" à reforma trabalhista, enxugando o quadro, sobrecarregando os funcionários e precariza do as condições de trabalho. A população também não tenha nada a ganhar com isso, pelo contrário, também será atacada com tarifas ainda mais altas e precarização do transporte.

Ao mesmo tempo, o Metrô busca minar a resistência da categoria a esses planos de privatização e terceirização. Ele divide a categoria tentado convencer de que as demissões seriam de setores "improdutivos", colocando um espírito de medo e competição nos metroviarios. E tenta acabar com a mobilização nos setores mais linha de frente, como é o exemplo da estação Sé, onde os funcionários aderiram massivamente à retirada de uniforme e até mesmo um supervisor aderiu.

A última vez que o Metrô demitiu diversos companheiros em diversas áreas a "conta gotas" como esta fazendo agora foi justamente em retaliação à greve de 2007. Depois demitiu de forma claramente política a mim junto com outros 39 companheiros por conta da greve de 2014.

Não podemos permitir isso! Se atacam um, atacam todos! É fundamental a unidade da categoria nesse momento para defender os nossos postos de trabalho, ou daqui a pouco não teremos mais chance de resistir. Temos que impulsionar uma grande campanha contra a terceirização e a privatização, lutando pela reversão das demissões e para que parem imediatamente de demitir!

Operadores de trem da linha 1 Azul do Metrô de SP contra as demissões

O Sindicato dos Metroviários deve tomar essa campanha com total prioridade! Além da nota que a diretoria do sindicato soltou no sábado, 12, devemos fazer uma grande campanha pela readmissão dos metroviarios, convocando um ato na quinta feira em frente à reunião com o presidente do Metrô e exigindo a reversão imediata das demissões! Esse deve ser o primeiro passo para tomar como tarefa número um a luta em defesa do Metrô público, estatal e de qualidade, e a defesa dos metroviários e seus direitos.

 
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