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RESISTÊNCIA AOS ATAQUES DE TEMER E SARTORI
Professores do Cristóvão de Mendoza organizam aulas coletivas sobre a crise
Diego Nunes

No dia de ontem (11), dia do estudante, diante da crise descarregada na educação, com professores ainda sem a totalidade de seus salários pagos, professores do Instituto Estadual Cristóvão de Mendoza em Caxias do Sul, quebraram a rotina e organizaram aulas coletivas para deixar os estudantes a par de tudo o que está acontecendo e do futuro que os governos federal e estadual preparam para a juventude.

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A proposta foi construída ao longo da semana com o conjunto dos professores, com o objetivo de, à partir deste local de trabalho e estudo, manifestar o desacordo e descontentamento da comunidade com os ataques de Temer e Sartori. A proposta inicial foi convocar toda a comunidade escolar, por meio de uma carta à comunidade escrita pelos professores. Carta essa que não chegou aos alunos, pois a direção se negou a fornecer cópias. Alguns professores e alguns alunos lutam por uma demanda democrática na escola. É preciso tornar público os problemas que a educação enfrenta, que são problemas de toda a sociedade. Durante as falas foi abordado o fato de a evasão escolar no estado ter atingido o número de 151 mil alunos, turmas e escolas foram fechadas no Rio Grande do Sul. Em contrapartida o governo do Estado se vangloria de abrir 4 novos presídios. Que projeto de sociedade se espera a partir disso? Não demora muito e o RS vai estar na situação do Rio de Janeiro, com servidores públicos fazendo fila para pegar cestas básicas e a violência ainda mais expressiva nas ruas.

A reforma do ensino médio foi posta em pauta também. Primeiro se falou dos milhões que o governo investe na propaganda enganosa que promete cursos técnicos em cada escola sendo que a PEC55 congelou recursos para a saúde e educação. O governo mal paga seus funcionários, dá para acreditar que irá investir em cursos técnicos? Outra perspectiva foi colocada dizendo que mesmo que o governo investisse pesado na efetivação da reforma do EM, a estrutura de ensino proposta prevê o afastamento da politização e do senso crítico, colocando as ciências humanas como opcionais. No fundo trata-se de um sistema de ensino que produz mão de obra barata para um país que cumpre um papel de semicolonia num cenário mundial.

Algumas propostas concretas surgiram por parte dos alunos, como: cartazes na fachada da escola, atos de rua, feira de ciências usando a crise como tema gerador convidando a comunidade escolar para o debate.

A proposta seguinte deste grupo de professores é fazer uma grande assembleia com a comunidade escolar para aprovar democraticamente essas propostas. O que se espera com isso é que o Cristóvão volte a se tornar exemplo para outras instituições a fim de gerar uma grande comoção social mobilizando juventude e trabalhadores em prol da educação pública e de qualidade, para que não sejamos nós que paguemos por essa crise.

 
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