Apenas no estado de São Paulo, 126 juízes e desembargadores, em apenas em janeiro deste ano, receberam a quantia somada de R$ 131 milhões líquido em suas contas. Mesmo o teto do funcionalismo público estando em R$ 33,7 mil, o que já é brutalmente acima do que qualquer trabalhador recebe, muitos recebem o dobro do teto, pois aprovam os seus próprios benefícios.

A realidade dos juízes e desembargadores do país é do mais alto nível de privilégios que podemos ver no poder público. Somente em São Paulo, em janeiro deste ano, dos 126 citados que juntos faturaram R$ 131 milhões, 57 são juízes. Deste 57, 26 receberam acima de R$ 70 mil, alguns, receberam quantias milionárias.

No estado governado por tucanos, no governo do estado está Alckmin, na capital Dória, ambos com o discurso de descarregar a crise dos capitalistas na costas dos trabalhadores. Com amplos poderes, o judiciário segue como ator fundamental da crise econômica e política, gozando de seus privilégios para aprovar todo tipo de ataque aos trabalhadores. Aprovam inúmeras medidas que vão de encontro aos interesses dos capitalistas que querem vender SP.

Não sendo um realidade apenas de SP, e sim uma conduta que se alastra por todo o país. Mais de 10 mil juízes recebem salários superiores a R$ 50 mil no Brasil.Além de aprovarem o aumento dos próprios salários, atuam em casos decisivos na conjuntura, como no golpe institucional, onde o STF e a Lava Jato foram peças chave. Ou mesmo na aprovação de ataques aos trabalhadores, como a PEC do congelamento de gastos públicos e a reforma trabalhista.

Em relação aos trabalhadores, somente um juiz que ganha R$ 33,7 mil mensalmente, custa o mesmo 35 salários mínimos. Ao passo que o desemprego atinge mais de 14 milhões de brasileiros, os privilégios dos juízes são mantidos e ampliados. É uma fato gritante, frente a miséria crescente do país, um corja de juízes com poder quase ilimitado frente ao estado gozam do maior luxo. A questão que fica é: quem julga esses juízes? Não são eleitos para cargos de tamanho poder e podem determinar os seus próprios salários.