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EDUCAÇÃO
Doria proíbe crianças de repetir merenda nas creches e escolas
Marcella Campos

O prefeito que levou uma ovada certeira em Salvador, mandou ordem as escolas e creches da rede municipal de São Paulo nas últimas semanas, orientando proibir os alunos de repetirem suas refeições, servidas durante o intervalo das aulas.

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A ordem dada pelo gabinete do prefeito João Dória (PSDB), desconsidera completamente a realidade das crianças atendidas pela rede pública e aumenta ainda mais a situação alarmante nas escolas da cidade.

Essa situação foi denunciada por diversos professores municipais nas redes sociais e tem revoltado o dia a dia das escolas e dos pais dos alunos, já que todos os dias centenas de crianças pedem para comer um pouco mais da merenda e recebem um "não".

Desde o início do ano professores e funcionários vêm denunciando a queda na qualidade e na quantidade da merenda servida. Segundo esses relatos, a merenda que antes alimentava durante uma semana agora tem que durar um mês, chegando ao absurdo de em algumas escolas os próprios funcionários estarem comprando os alimentos para as crianças com dinheiro do próprio bolso.

Apesar dos responsáveis ligados ao prefeito Dória negarem cinicamente dizendo que "não há falta de alimentos entregues nas escolas da rede direta e conveniada do município para o preparo das refeições servidas aos alunos", a realidade é a de que os alunos que viram a qualidade da merenda cair e agora são forçados a fechar a boca e comer menos, mesmo se a fome continuar!

VEJA TAMBÉM | Denúncia contra Dória sobre merenda nas escolas gera revolta nas redes sociais

Essa é fórmula de "terra arrasada" com a qual o "gestor" João Dória golpeia a educação e é a mesma utilizada pelo governador Geraldo (Ladrão de merenda) Alckmin nas escolas estaduais: a fórmula da precarização da educação bem ao modo tucano que tem o objetivo de destruir tudo que é público para depois privatizar à preço de banana, satisfazendo os patrões ao custo dos mínimos direitos e serviços que a população tem. Enquanto Dória vende para empresários chineses os parques, praças e até faróis de trânsito da cidade de São Paulo, os alunos das nossas escolas são servidos com cada vez menos comida e de pior qualidade.

Quem trabalha nas escolas públicas nas periferias da cidade sabe que as crianças recebidas vêm de uma realidade duríssima de pobreza, sendo extremamente comum encontrarmos alunos que vão pra escola contando com a merenda como única refeição do dia, situação essa que piorou por conta da crise econômica que afundou famílias com subempregos sem direitos, situação piorada com as reformas dos golpistas, e no desemprego. Além de cruel, negar o acesso dessas crianças à uma boa alimentação ainda deverá ter reflexos no desempenho, comportamento e aprendizado dessas crianças nas salas de aula, já que com a barriga vazia é bastante difícil se concentrar em qualquer outra coisa.

Essa situação coloca na ordem do dia a necessidade união dos professores das redes municipais e estadual para lutar contra os ataques que destroem não apenas nossas profissões, mas também o dia a dia e o direito a um futuro digno para milhares de crianças.

Já demos demonstrações do potencial que nossa categoria tem, apesar das manobras das direções dos nossos sindicatos, precisamos mostrar para Dória, Alckmin, Temer e toda a corja golpista, que quer descarregar a crise sob nossas costas, que não vamos mais aceitar essa situação.

Os professores demonstram a vontade de lutar e se colocar contra todos os desmandos na educação, por isso é preciso dar vazão para essa força de forma organizada, para golpear com um punho só esses governos.

Por isso, nós do MRT e do Professores pela Base, chamamos a todos os professores também indignados com essa situação para colocar de pé um grande movimento vivo de resistência contra as reformas e os ataques a educação. Faremos um Encontro de Professores no dia 19 de agosto, às 15 horas na Casa Socialista Karl Marx (ao lado do metrô Vila Madalena).

No dia 11/8, Marcella Campos foi nas escolas municipais conversar com a comunidade escolar e aprofundou a denúncia nesse vídeo:

 
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