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DEBATE NA USP
Sintusp realiza debate sobre a crise política brasileira
Movimento Nossa Classe

Amanhã, às 8h30, no Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), haverá o debate sobre a crise política brasileira. O Conselho Diretor de Base (CDB) deve discutir a crise política nacional e as saídas para os trabalhadores. Divulgamos a contribuição do Movimento Nossa Classe para o debate.

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GREVE GERAL PARA ANULAR AS REFORMAS E IMPOR UMA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE LIVRE E SOBERANA

Estamos num momento marcado pelo nível recorde de rejeição Temer, de ataques duríssimos à classe trabalhadora em um semestre marcado por fortes paralisações como o dia 15 de março, 28 de abril e 30 de Junho. Precisamos tirar lições para lutar pela anulação da reforma trabalhista, contra a reforma da previdência e o governo golpista de Temer. O golpe institucional de 2016 veio para aplicar os maiores ataques aos nossos direitos em décadas, num ritmo superior ao que o governo do PT se mostrava capaz de fazer.

As vésperas do dia 30 de Junho, vimos a Força Sindical e outras centrais como UGT, NCST, CSB traindo abertamente os trabalhadores, negociando o imposto sindical com o governo, enquanto a CUT e a CTB faziam um discurso contra as reformas e o imposto sindical e boicotaram o dia 30 de junho, porque estavam mais preocupadas com preparar a campanha eleitoral de Lula para 2018. Essa traição abriu espaço para destruir o futuro da juventude, devastar a vida das mulheres, dos negros, LGBTs e acabar com o que conquistamos em décadas de luta. Assim, os dois blocos da burocracia sindical, cumpriram o papel de sustentar esse regime podre e corrupto da democracia dos ricos auxiliando a tarefa da classe dominante em transferir para a classe trabalhadora os custos da crise capitalista. Na esquerda, vergonhosamente o que se viu durante esse processo foi uma enorme adaptação á Justiça e às instituições do regime burguês, aplaudindo a Lava Jato, quando não comemorando diretamente o impeachment, e apontando como saída política a proposta de Diretas Já e eleições gerais, entrando no jogo que hoje mais favorece o PT.

Uma esquerda conseqüente com a busca de uma saída política independente para os trabalhadores e a juventude deveria dizer que não está nem com Temer, nem com a Lava Jato e nem defendendo a eleição de Lula 2018 como se isso fosse um “mal menor”. Deveria levantar com a maior força a proposta de Assembléia Constituinte Livre e Soberana, imposta pela força da mobilização, em que o próprio povo possa eleger seus representantes e tomar para si a tarefa de dar uma saída para a crise política dos pais e não permitir que a crise se feche pelas mãos dos “de cima”, com um "golpe dentro do golpe" como as eleições indiretas, ou com uma bandeira democrática como as Diretas Já sendo utilizadas como desvio do processo de luta com apoio de Fernando Henrique Cardoso e da Folha de São Paulo.

Seguimos batalhando pela constituição de comitês de base, pra que os trabalhadores se coloquem como sujeitos da luta por uma política independente. Uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana, imposta pela greve geral, seria uma política que chocaria os interesses da imensa maioria da população trabalhadora contra todas as instituições do regime burguês, mostrando que é necessário mudar de cabo a rabo todas as regras do jogo e não apenas um ou outro jogador. Essa Assembléia Constituinte, teria como primeira tarefa a anulação da PEC 55, a lei da terceirização, a reforma trabalhista e todas medidas antipopulares de Temer e dos governos anteriores e, assim, facilitar o caminho das massas em sua experiência com a falsa democracia atual para a conclusão de lutar por um governo dos trabalhadores de ruptura com o capitalismo.

Mostrar que nossas vidas valem mais que o lucro deles, e por isso exigimos o fim do pagamento da dívida pública e reforma agrária radical que acabem com a subordinação ao capital estrangeiro, nenhuma demissão, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, efetivação de todos terceirizados sem necessidade de concurso ou processo seletivo, salário mínimo do DIEESE e igualdade salarial. Exigimos a manutenção do SUS e a saúde como um direito de todos. Grandes empresas como a Odebrecht e a JBS devem ser expropriadas e estatizadas, sob controle dos trabalhadores. Por tudo isso, é preciso uma nova greve geral já e uma Assembléia Constituinte Livre e Soberana.

 
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