Na semana passada os professores participaram de manifestação junto com demais setores do funcionalismo de Caxias em repúdio à aprovação de oito projetos enviados à Câmara pela prefeitura, e que foram votados em três minutos pelos parlamentares a despeito do massivo rechaço dos servidores presentes.

Além da brutal repressão policial que se seguiu, os professores foram ameaçados com armas de fogo por seguranças particulares dos vereadores, de acordo com Thays Rosalin, diretora do SEPE (sindicato dos profissionais da educação) de Caxias.

Ela também afirmou que com a aprovação dos oito projetos o salário dos professores cai pela metade. Entre as mudanças aprovadas estão o aumento da alíquota previdenciária de servidores de 11% para 14% e a redução de uma série de gratificações, como para os professores de escolas distantes.

A situação das escolas também é de precariedade total: faltam materiais básicos, e muitas vezes os próprios professores são obrigados a comprá-los para poder continuar dando suas aulas.

Ao menos metade dos professores estão sem receber os salários de junho e julho, e a outra parte recebeu apenas de junho; não há previsão para que os salários de julho sejam pagos.

Em assembleia na manhã de segunda eles aprovaram uma paralisação de 48 horas, e em seguida foram às ruas.

Assembleia dos professores municipais de Caxias.

Ocorrerá uma nova assembleia nessa quarta-feira, 9.

Abaixo, fotos da manifestação por Filipo Tardim: