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PEDAGOGIA USP
CAPPF chama estudantes, centros acadêmicos e o DCE da USP a lutar contra a reforma curricular do CEE
Flávia Toledo
São Paulo
Lana Cocci

A gestão A Plenos Pulmões do Centro Acadêmico da Faculdade de Educação da USP começa hoje, junto de estudantes da Pedagogia e das licenciaturas, uma ampla campanha contra a reforma curricular que o CEE quer impôr que visa a precarização dos cursos de formação de professores, ameaçando impedir a emissão de diplomas da faculdade.

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Nessa terça-feira, a gestão A Plenos Pulmões do CAPPF, composta por militantes da Faísca, do Grupo de Mulheres Pão e Rosas e estudantes independentes, começa uma série de passagens em sala e panfletagens nos cursos de licenciatura e Pedagogia da USP denunciando mais esse ataque à educação e convocando a Plenária dos três setores que ocorrerá na Faculdade de Educação da USP para articular nossa luta contra a precarização do ensino.

O que é essa reforma e como ela nos afeta?

No dia 7 de junho deste ano o Conselho Estadual de Educação (CEE) publicou no Diário Oficial de São Paulo a deliberação 154/2017 que junto às reitorias quer implementar um "ciclo básico" com disciplinas do Ensino Básico (fundamental ao médio) como Matemática, Física, etc, nos cursos de pedagogia e licenciaturas das universidades estaduais (USP, UNICAMP E UNESP), eliminando assim diversas disciplinas que consideram "desnecessárias" sob um discurso de que essa mudança serviria para preparar os estudantes, quando na verdade só retira do currículo aquelas disciplinas que promovem a reflexão teórica e crítica sobre a educação.

Tudo para impor uma formação instrumental e tecnicista aos professores, ameaçando as universidades que não se adequarem de não conseguir emitir seus diplomas, pois os cursos ficariam temporariamente descredenciados do CEE. Na prática, a reforma altera 600 horas no currículo dos cursos de pedagogia, substituindo disciplinas por cerca de 10 outras do Ensino Básico, e 200 horas no currículo das licenciaturas.

De onde vem mais este ataque à educação?

A educação, hoje, está na mão de tubarões do ensino, verdadeiros magnatas. Na USP, como sabemos, grandes empresários e membros da FIESP têm cadeiras no Conselho Universitário (CO), enquanto as cadeiras para estudantes e funcionários são irrisórias. O mesmo acontece no CEE. E para essa casta de burocratas fica ainda mais urgente precarizar a universidade depois de serem obrigados pela luta do movimento estudantil e de trabalhadores na USP e na Unicamp a aceitar cotas na universidade.

O que querem fazer nas estaduais paulistas hoje já foi feito nas universidades privadas, onde a sede de lucro se dá em dois aspectos: um enorme monopólio educacional que coloca centenas de milhares de jovens pra se endividar enquanto fazem sua graduação que, com formação tecnicista e mercadológica, cria uma massa de trabalhadores precários “semi-especializados” a quem vão pagar baixos salários. São os capitalistas querendo que paguemos pela crise. Por isso o Escola Sem Partido, a Reforma do Ensino Médio, assim como as Reformas Trabalhista e da Previdência.

O que podemos fazer?

Diante deste ataque brutal é necessário que todos os cursos de pedagogia e licenciatura se organizem e se mobilizem para uma luta que barre esta reforma. Esta, que é uma luta de conjunto da educação: estudantes, professores da universidade e da rede pública, trabalhadores da universidade. Precisamos fortalecer os organismos de base dos estudantes, construindo fortes plenárias com professores e funcionários, fazendo assembleias grandes e qualificadas, unindo os estudantes da Pedagogia e das Licenciaturas em uma forte luta em defesa da Universidade e de uma educação pública, gratuita e de qualidade. Já começamos a debater este ataque na FEUSP, mas é preciso chegar a novos setores. Chamamos a todas e todos estudantes, aos Centros Acadêmicos e ao DCE, a se jogarem pra construir essa luta decisiva.

SEXTA-FEIRA : PLENÁRIA DOS 3 SETORES - 11/08 às 16h30
TERÇA-FEIRA: Assembleia de estudantes da FEUSP - 15/08 às 16h e às 21h

 
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