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CONTRA O FECHAMENTO E AS DEMISSÕES
PepsiCo: outra jornada de luta com muito apoio e repercussão

As leoas e seus companheiros pararam ruas, uma caravana do Ministério do Trabalho até o Congresso, deixando claro que sua luta pela reincorporação segue firme.

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As 7 da manhã desta quinta-feira, quando ainda não se haviam juntado das primeiras luzes da manhã, começava uma nova jornada de luta dos trabalhadores da PepsiCo.

As leoas e seus companheiros, junto com outras organizações, começaram sua caravana de distintos pontos da cidade. De pouco em pouco, foram se transformando em bloqueios de rua surpresa nos principais acessos à cidade. Na rodovia Panamericana, o Acesso Oeste, Ponte Pueyrredon e a Rodovia Buenos Aires - La Plata.

“Basta de demissões e suspensoes”. “Em PepsiCo reincorporação”. “Todos somos PepsiCo”. Os cartazes que eram segurados pelos operários em luta e trabalhadores de outros sindicatos que os acompanhavam. Dos carros e caminhões se ouviam algumas buzinas saudades aqueles que já são considerados por todos um símbolo da luta contra os ataques.

Já nestas primeiras imagens os delegados deixavam claro os objetivos da jornada: “vamos fazer uma caravana até o Congresso da Nação para apresentar o projeto para que a empresa seja declarada de utilidade pública e possa ser expropriada. Se PepsiCo não a quer abrir, então que nós trabalhadores a possamos usar para produzir alimentos para milhões de pesosas no país”.

Esta defesa era todo um símbolo da situação que vive o país. Enquanto todos os dias existem 5 mil novos pobres, os trabalhadores demitidos por uma multinacional exigem sua reincorporação e defendem que se PepsiCo não a quer abrir, que seja expropriada para que os trabalhadores possam produzir alimentos.

A jornada teria como segundo ponto o Ministério do Trabalho, na rua Alem. Ali as mídias os esperavam, a guarda da infantaria, mas também centenas de trabalhadores e jovens que já são parte da sua luta. Estavam, entre outros, uma importante delegação do ATE Capital (CTA dos TRabalhadores), dirigentes de oposição do SUTEBA e delegações docentes, agrupações classistas de diferentes sindicatos, entre elas a Bordó do STIA, a Marrom Classista de ATE e a Corrente Sindical Classista.

Como explicam no comunicado que publicaram mais tarde, “no Ministério do Trabalho não fomos recebidos e, levando em consideração que apresentamos propostas para dar uma solução ao conflito, não recebemos nenhuma resposta por parte do governo. Enquanto nossas famílias continuam na rua e a empresa não cumpre a sentença de reinstalação da Justiça do trabalho, razões pelas quais nos vemos obrigados a continuar adotando medidas”.

Saindo dali os trabalhadores, levando em sua frente suas tradicionais bandeiras, começaram a remontar do baixo porteño pelas ruas do microcentro. Neste momento, em um lugar pouco acostumado com manifestações assim, começaram a se somar novas demonstrações de simpatia, com fomos e aplausos.

A coluna ganhava minutos mais tarde a Avenida de Maio. Ali, a polícia que acompanhava zelosamente a marcha, provocava com empurrões. A atitude incluía um subcomissário portando sua arma 9 mm, mesmo sendo proibido nestas manifestações. Mas a coluna conseguir espalhar-se em toda a avenida. Com os bumbos, buzinas e o grito “unidade dos trabalhadores”, encarava a reta até o Congresso.

A essa altura, a jornada já tinha uma grande repercussão midiática. Diversos meios televisivos e rádio transmitiam ao vivo o decorrer da marcha e todos os portais tiveram que dar conta da persistente luta pela reincorporação.

Ali a coluna realizaria um abraço simbólico. Como explicaram às mídias, “nos próximos dias apresentarão ali um projeto de lei para declarar de utilidade pública a empresa de Florida para que possamos voltar a produzir alimentos por baixo custo para a população. Este projeto conseguiu a adesão de praticamente todos os blocos parlamentares, menos de Cambiemos, e continua ganhando adesões de deputados e senadores”.

Estavam acompanhados por dirigentes sindicais como MArcelo Frondizi (ATE-CTA), Romina del Pla (SUTEBA La Matanza), Ana Laura Lastra (JI Indec) e referências da esquerda dos sindicatos de aeronáuticos, estatais, professores, do neumático, entre outros. Também deputadas nacionais, como Nathalia González Seligra (PTS-FIT), Lucila De Ponti (Movimiento Evita) y Juan Carlos Giordano (IS-FIT), e referências como Nicolás del Caño, Andrea D’ Atri, Patricio del Corro e Myriam Bregman.

A jornada terminou com um ato na frente da tenda. Ali tomou a palavra, em nome dos trabalhadores, Alejandro MEdina. Ali destacou a repercussão da jornada, a decisão dos trabalhadores de continuar lutando pelos seus postos de trabalho e incluiu a apresentação do projeto de expropriação. “Neste país, onde existem organizações que estão defendendo alimentos para as refeições escolares, para os restaurantes barriais, nesta fábrica poderiam ser produzidos alimentos para a comunidade”.

Instantes mais tarde ele deu a palavra a Daniel Menéndez, coordenador nacional do Barrios de Pue, organização que realiza mobilizações populares em toda a cidade pela aprovação da emergência alimentícia. Também tomou a palavra Marcelo “Nono” Frodizi, que reafirmou o compromisso da sua organização no apoio à luta da PepsiCo, e Pablo Busch, delegado da Unilever.

Ao final, Luis Medina reiterou a exigência à CGT de uma paralisação nacional contra as demissões e o ajuste e convidou ao festival que realizarão neste domingo.

Com mais uma nova jornada, combativa e de grande repercussão, as leoas e seus companheiros confirmam que não abaixarão os braços e por isso continuam sendo um símbolo de todos aqueles querem enfrentar os ataques ao povo trabalhador.

 
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