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SUPER EXPLORAÇÃO
Universidade Federal UFES contrata presos em regime semi aberto
Flávia Rios
Contagem/MG
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Em Junho a UFES contratou vinte presos em regime semiaberto, em Julho a SEJUS soltou uma nota afirmando que a UFES dobrou a contratação tendo agora quarenta presos trabalhando na limpeza do campus de Goiabeiras.

A UFES e a SEJUS afirmam que a finalidade do projeto é promover a ressocialização dos presos que cumprem pena em regime semiaberto. Os detentos chegam à universidade pela manhã, realizando serviços de limpeza e manutenção e ao final da tarde retornam ao presídio de Xuri em Vila Velha.

Acredito não ser necessário discorrer sobre a invisibilidade social dos funcionários da manutenção e limpeza, sejam em empresas, escolas ou universidades, é uma tarefa um tanto contraditória promover resocialização mantendo, negros, pobres e presidiários nas áreas externas da universidade, ocupando os cargos mais precários e com salários desumanos, com a justificativa de resocialização permanecem mantendo os sujeitos à margem da universidade e da sociedade em troca da mão de obra barata. De acordo com o convênio o detendo trabalha quarenta horas semanais e recebe um salário mínimo, sendo que este é dividido em três terços, um pode será repassado diretamente ao trabalhador, o segundo terço irá para assistência à família do interno e o ultimo terço direcionado a uma poupança que só poderá ser acessada após o cumprimento da pena.

De Acordo com o site da CBN Vitória, o secretário Walace Tarcísio Pontes, afirma “É uma mão-de-obra que, geralmente, trabalha e produz mais do que o trabalhador comum. Os parceiros que dizem isso. Demonstra um afinco muito maior na execução do trabalho porque eles têm intenção em manter o que para eles é uma regalia: poder trabalhar. Eles sabem que é o início do retorno à sociedade”. A Fala do secretário em tom de elogio traz uma pesada carga de exploração capitalista pela discriminação, utiliza-se da situação mais do que precária dos presidiários para uma exploração ainda mais profunda da mão de obra.

O que fica claro com as manobras capitalistas de reparação é que não existe uma saída para a população negra e pobre. Enquanto presidiários pobres, negros, moradores das periferias são submetidos a mais exploração e opressão, são divididos em competentes ou não pela rigorosa seleção feita para participar de um convênio que os oprime e explora e ocupam a maior parte dos postos e trabalho terceirizados e precários no nosso país, nos deparamos com empresários e políticos que roubam bilhões, com filho de desembargadora que nem sequer precisa cumprir pena, com Rafael Braga preso injustamente, com jovens e crianças morrendo cotidianamente nas mãos da polícia.

Para dar uma resposta real a essa juventude lutamos pelo fim do trabalho precário e o fim da terceirização começando pela anulação da reforma trabalhista e a efetivação de todos os trabalhadores terceirizados e precários como parte da
luta por um mundo sem opressão e a exploração porque nossas vidas valem mais que o lucro deles.

 
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