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"PÓS-VERDADE"
Rede de mentiras e xenofobia alimentam popularidade de Bolsonaro
Redação

Segundo a Folha de São Paulo, boatos alarmistas e islamofóbicos contribuem com o aumento da popularidade do reacionário Jair Bolsonaro. Os conteúdos seguem circulando mesmo depois de contestados, o que é comparado com o ocorrido durante a campanha de Donald Trump nos EUA.

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Em junho deste ano um áudio, atribuído ao senador Magno Malta (PR-ES), anuncia uma suposta "invasão" de 1,8 milhão de muçulmanos no Brasil. O próprio senador negou que tenha sido responsável pelo áudio.

Na loucura dos seguidores do Bolsonaro a medida seria uma manobra do presidente golpista Michel Temer para que o Brasil conseguisse assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, órgão acusado por eles como "completamente islâmico".

O próprio Estado brasileiro também negou o boato, dizendo que entre sírios, libaneses e iraquianos ocorreram 1.094 pedidos que entrada no país em 2017. A suposta "invasão", no áudio, seria barrada por "intervenção hoje" e pedia a vitória eleitoral do reacionário, xenófobo, machista, racista, LGBTfóbico Jair Bolsonaro, como medida para que o país não seja "destroçado".

Outro exemplo é um vídeo de uma seguidora de Bolsonaro identificada como Jane Silva, onde ela fala que Lula, durante seu governo, teria dado de presente uma embaixada para a Palestina. Com discurso sionista, ela se diz pastora e presidente da Comunidade Internacional Brasil-Israel.

Bolsonaro foi batizado pelo pastor Everaldo no rio Jordão, no passado. Desde então vem buscando apoio da comunidade judaica, embora tenha sido inclusive barrado em evento na Hebraica de São Paulo, devido sua postura de condenar as minoriais.

Este tipo de notícia falsa, que "viraliza" nas redes sociais e acaba por formar opinião é conhecido como "pós-verdade". Boatos deste tipo circularam durante a campanha eleitoral dos Estados Unidos que elegeu Donald Trump, e também durante o processo de golpe institucional no Brasil. Embora não se baseiem em nada da realidade, são notícias falsas que circulam muito nas redes sociais, bastante alarmistas e exageradas, e que muitas das pessoas que compartilham não verificam as informações. Como ilustram os casos citados, acabam por disseminar ódio à refugiados, preconceitos, xenofobias, beneficiando figuras disseminadoras de ódio como Bolsonaro e Donald Trump.

 
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