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MUNDO DO TRABALHO
Funcionário do McDonald’s é demitido por descobrir mofo na máquina de sorvete
Virgílio Grasso
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Um funcionário de uma loja do McDonald’s localizada no Estado da Louisiana, nos Estados Unidos, foi demitido após compartilhar na internet fotos de instrumento impregnado de mofo que encontrou ao fazer a limpeza de uma das máquinas de sorvete do estabelecimento.

Quando o chefe pediu para Nick reabastecer uma das máquinas de sorvete do local, ele acidentalmente esparramou massa pelos lados e decidiu tirar as prateleiras para limpar. Foi quando descobriu o mofo acumulado. "Eu fiquei chocado quando vi aquilo" disse Nick em entrevista para o BuzzFeed News. "Sempre pensei que a máquina fosse limpa regularmente, mas conversando com meus colegas vi que nunca pediram para que ela fosse higienizada", completou.

Postou no Twitter as imagens do que viu. Até agora, as imagens já contam com 15 mil compartilhamentos na rede social. Dias depois, foi demitido do seu cargo.

O gerente da loja, John Valluzzo, foi procurado pelo site norte-americano e se limitou a dizer que eles fazem limpezas regulares nas máquinas e os empregados recebem treinamento para mantê-las higienizadas. Em comunicado enviado para a imprensa, a sede do McDonald’s dos EUA disse que "as lojas da rede são comprometidas a arcar com excelência na limpeza e nas comidas servidas". Disse que a parte da máquina em que o mofo foi encontrado não entra em contato com o sorvete que é servido e deve ser higienizada regularmente.

O cinismo desta multinacional, assim como seus lucros bilionários, não tem limites. E não só porque obviamente as máquinas são de responsabilidade da empresa e certamente infectam o produto. Mas principalmente porque demitiu o funcionário que recusou omitir o foco de doenças dentro da máquina.

A multinacional é uma das campeãs em escândalos e processos trabalhistas pelo papel que cumpre na vanguarda da precarização do trabalho. No Brasil, em 2016, funcionários do McDonalds protestaram na Avenida Paulista denunciando acúmulo de função, falta de equipamentos de proteção individual, assédio moral e salários inferiores ao mínimo. Na época, o ex-funcionário Lucas da Cruz, de 20 anos, denunciava o que vai se tornar generalizado com a nefasta reforma trabalhista de Temer: “A gente tinha que comer um lanche sem cumprir uma hora de almoço, eram 15 minutos. Mas batia a marcação como se tivesse descansado por uma hora”, disse ele.

Esse assédio claro e a facilidade para demitir - regra nos Estados Unidos - serão institucionalizados também no Brasil, se não se deparar com a profunda resistência dos trabalhadores à reforma trabalhista.

 
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