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CORTES NO TRANSPORTE
Dória cortou 148,3 milhões de terminais e corredores de ônibus para subsidiar empresas
Redação

A gestão do prefeito João Dória (PSDB) cortou R$ 148,3 milhões previstos em obras de implementação de corredores e terminais de ônibus em São Paulo e na reforma do Autódromo de Interlagos para subsidiar as empresas de ônibus. As empresas de transporte em São Paulo lucram milhões com esses subsídios além da tarifa extremamente cara enquanto a população sofre em ônibus precários e lotados.

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Segundo o jornal Estado de São Paulo o orçamento de R$ 1,8 bilhão destinado a suprir o déficit entre o custo do sistema e a receita com as passagens já acabou, faltando ainda cinco meses para o término do ano. Ou seja, as empresas já lucraram bilhões, e devem seguir agora prejudicando mais a população, já que as obras de corredores de ônibus será suspensa.

"Essa é a primeira (transferência de dinheiro). A partir de agora vai ter todo mês", resumiu o secretário municipal da Fazenda, Caio Megale. A expectativa é de que o gasto com subsídio tarifário chegue a R$ 3 bilhões neste ano, volume recorde - em 2016 foram R$ 2,5 bilhões. Isso significa que será preciso remanejar mais R$ 1 bilhão para cobrir o “rombo” do sistema de transporte municipal.

O decreto destinando mais verba para os ônibus foi publicado ontem pelo presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (DEM), que está como prefeito interino por causa da viagem de Doria à China e da licença do vice Bruno Covas (PSDB).

A maior parte dos recursos foi retirada do orçamento de corredores de ônibus (R$ 70 milhões) e terminais (R$ 62,6 milhões), cujas obras estão suspensas desde a gestão de Fernando Haddad (PT) por falta de repasse de dinheiro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. Entre elas estão a ampliação do Terminal Jardim Ângela, na zona sul, e a construção do Corredor Radial Leste 1, na zona leste.

"O governo federal já sinalizou, por causa da crise fiscal, que esses recursos não virão. Ou seja, essas obras dificilmente sairiam este ano. A origem do problema está no orçamento aprovado pela Câmara no ano passado, que reservou R$ 1,8 bilhão para subsídio do ônibus quando já havia gasto quase R$ 3 bilhões", afirmou Megale.

“Crise fiscal” que nunca atinge os privilégios dos políticos e juízes, mas sim só serve para prejudicar mais a população e retirar seus direitos. Neste mês, a gestão Doria reduziu o horário de vigência do benefício do Passe Livre Estudantil para duas horas e até quatro embarques por dia para cortar R$ 70 milhões até o fim do ano.

Dória até agora só não autorizou aumentar novamente o transporte por medo da mobilização da juventude e dos trabalhadores, tal como foi vista em Junho de 2013.

 
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