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Bolsonaro diz que se perder em 2018 mudará do Brasil
João De Regina

Em entrevista recente para a Revista Veja Bolsonaro comenta sobre intenção de mudar de partido com objetivo de buscar mais liberdade para seu projeto reacionário. Entre chuvas de declaração anti laicas, delírios megalomaníacos chamou à atenção a declaração de que se perdesse mudaria do Brasil.

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Frente a crise de representatividade atual, Jair Bolsonaro tem se destacado como uma figura caricatural e grotesca porém apareceu em segundo lugar, com 16%, na pesquisa eleitoral do Datafolha, atrás de Lula que conta com 30%. Em entrevista recente para a Revista Veja Bolsonaro comenta sobre intenção de mudar de partido com objetivo de buscar mais liberdade para seu projeto reacionário. Entre chuvas de declaração anti laicas, delírios megalomaníacos chamou à atenção a declaração de que se perdesse mudaria do Brasil.

Apesar da motivação da entrevista ser o fato de Bolsonaro ter rompido com a direção do PSC e de que buscará outra sigla para acolher seu projeto reacionário, o defensor da ditadura militar não consegue evitar as declarações polêmicas e megalomaníacas como de que sua candidatura é um projeto de Deus. Autoritarismo e combate ao Estado Laico são duas marcas presentes a todo momento nas falas de Bolsonaro. Não é por acaso que discute sua candidatura pelo PSDC de José Maria Eymael, citado nas delações da Odebretch. O que só mostra a seletividade de seu discurso anti corrupção.

Bolsonaro apresenta uma visão absolutamente caricatural da realidade. O primeiro devaneio candidato é que a causa primordial da crise econômica é a violência, logo a sua principal tarefa enquanto governo é acabar com ela. O que evidentemente, é um discurso moralista que busca canalisar o medo da população causado pela desigualdade social e econômica para medidas autoritárias e contra a população pobre. Outro delírio é que, segundo ele, tanto PT quanto PSDB são de esquerda e se qualquer um dos dois ganharem tornará difícil a continuação da estadia de Bolsonaro no Brasil. De acordo com ele a questão ideológica é tão ou mais grave que a corrupção.

Essa retórica ultimatista é clássica de um autoritário. Ao apresentar tudo que difere de si como igual, ele se apresenta como a única solução. Mas Bolsonaro é um representante caricaturado da ordem atual das coisas. Sua simpatia a ditadura militar esconde o fato de que os grandes empresários que a apoiaram são os mesmo que financiam os atuais esquemas políticos de corrupção e de que entre seus amigos no congresso estão os mesmo corruptos que ele se diz tão diferente.

 
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