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REFORMA TRABALHISTA
Facebook: reforma trabalhista provocou cerca de 68 milhões de interações na rede
Redação
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A reforma trabalhista provocou cerca de 68 milhões de interações no Facebook. Foi computado o período de 19 de abril a 16 de julho deste ano.

Estima-se que 16,6 milhões de pessoas participaram de debates virtuais sobre a reforma. Ao todo, 117 milhões de brasileiros têm perfil no Facebook. Os dados são de levantamento da própria rede social.

Os tópicos mais presentes nas conversas foram as implicações da lei para o seguro-desemprego, horas-extras, carga horária, flexibilização das férias e alterações nas regras para saques do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). Cada 1 dos pontos obteve mais de 500 mil menções.

Nos dias 27 de abril e 12 de julho –subsequentes à aprovação da lei na Câmara e no Senado–, houve cerca de 6 milhões de interações diárias no Facebook. São 8 vezes mais interações do que a média diária de conversas no período estudado.

As mulheres são maioria nas discussões na plataforma sobre a reforma. Têm participação de 60%. Ainda segundo o estudo, as pessoas que mais se engajaram nas discussões sobre o assunto acompanham mais notícias e política que a média dos usuários. Muitas destas seguem páginas de veículos de imprensa no Facebook.

Naturalmente, a repercussão nas redes da reforma trabalhista não foi de aplauso. O repúdio é enorme, pois trata-se de uma reforma que retrocede a níveis do século XIX conquistas trabalhistas que foram modificando a CLT ao longo do século XX, especialmente durante o ascenso operário do final dos 70 e início dos 80.

Essa reforma busca congelar salários, alterar profundamente a estrutura sindical do país, enfraquecendo as organizações dos trabalhadores, incrementar a terceirização e a precarização do trabalho, instituir contratos de trabalho intermitentes e de "zero hora" (só recebe pelo tempo que trabalha, e não pelo que fica disponível ao patrão), impõe a grávidas e lactantes o trabalho em lugares tóxicos, entre outros ataques.

Para saciar a sede de lucro dos ruralistas, exploradores que povoam a Câmara e o Senado, a reforma trabalhista estipulou que o "empregado rural" não precisa necessariamente ser remunerado por salário, legalizando a escravidão no campo.

O nível de superexploração é tamanho que a patronal não esconde o desprezo que sente pela vida dos trabalhadores. Benjamin Steinbruch, patrão-chefe da FIESP e da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), disse que os trabalhadores só precisam de 15 minutos para almoço, mas o ideal é que comam com a mão esquerda e operem com amão direita.

Precisamos nos organizar pela base, nas fábricas, nos serviços, nas escolas e universidades, em todos os locais de trabalho, para discutir democraticamente nossa resistência contra essa reforma miserável. Precisamos anular a reforma trabalhista, barrar sua implementação. Isso só pode ser feito com os métodos de combate de nossa classe, que apareceu com força nas paralisações e greves gerais do dia 15 de maio, 28 de abril, e que poderia ter aparecido novamente com força no dia 30 de junho, se as centrais sindicais (Força Sindical, CUT e CTB) não tivessem boicotado essa luta em nome de seus interesses. Os sindicatos devem servir de instrumento para nossa luta!

 
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