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VIOLÊNCIA POLICIAL
UNICEF alerta que violência no RJ ameaça desenvolvimento das crianças
Redação

A Unicef deu o alerta que a violência do RJ vem ameaçando as crianças de desenvolverem seu potencial completo depois que a Secretaria Municipal de Educação da cidade indicou que, de 105 dias do ano letivo, a rede funcionou sem interrupção por episódios violentos (tiroteio, toque de recolher, assalto, operação policial) apenas em oito. Sabemos que a PM é responsável por muitos dos episódios de violência nas periferias do Rio, como o episódio marcante que tirou a vida de Maria Eduarda, dentro da escola, pelas mãos de um policial. Enquanto isso, Pezão cortou da Educação e aumentou os recursos para o aparato policial.
Lutemos pelo nosso direito ao futuro porque nossas vidas valem mais que o lucro deles!

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A Unicef (sigla em inglês para Fundo das Nações Unidas para a Infância) alerta que a violência no Rio de Janeiro está ameaçando a capacidade de crianças da cidade de desenvolverem seu potencial e afirma preocupação com a situação, principalmente em escolas.

"Crianças no Rio de Janeiro estão sob um grande risco de não serem capazes de desenvolver seu potencial completo", afirmou a entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) que se ocupa da infância.

O alerta foi lançado depois que a Secretaria Municipal de Educação da cidade brasileira indicou que, de 105 dias do ano letivo, a rede funcionou sem interrupção por episódios violentos (tiroteio, toque de recolher, assalto, operação policial) apenas em oito. Além disso, 382 das 1.537 escolas - uma em cada quatro - tiveram de fechar ou interromper atividades pelos mesmos motivos

Ao menos 129,5 mil alunos (um em cada cinco da rede) foram prejudicados por aulas suspensas nesses casos. Os colégios mais afetados ficam perto das favelas mais perigosas, como Acari (30 dias), Complexo da Maré (18 dias), Cidade de Deus (16 dias) e Complexo do Alemão (15 dias).

"A Unicef está preocupada com o impacto da violência no Rio de Janeiro nas crianças vivendo nos bairros afetados", disse a organização. "Estudos mostram que interrupções seguidas em ambientes violentos afetam negativamente a capacidade de uma criança de se concentrar e de aprender sem medo."

A Unicef cita o "impacto psicossocial devastador em crianças" do ambiente de violência. "Ter de buscar abrigo e por vezes testemunhando atos de violência também tem um impacto psicossocial devastador em crianças, com muitas delas sofrendo de síndromes de estresse, como pesadelos e ansiedade."

"Crescer em um ambiente com incidentes frequentes de violência armada pode levar as crianças a entenderem a violência como uma forma normal de resolver conflitos", disse.

De acordo com a entidade, seus representantes estão trabalhando com as autoridades de Educação e de Segurança Pública do Rio para tentar coordenar medidas e, assim, reduzir o impacto negativo nas crianças.

Sabemos que o rendimento escolar das crianças é prejudicado se nem dentro das escolas ou na porta de casa elas puderem encontrar um ambiente livre da violência que assola as periferias, morros e favelas. Inclusive a violência policial.

Nos últimos 2 anos a PM já matou praticamente 1 criança por mês, 5 crianças assassinadas só no primeiro semestre de 2017. Uma delas foi a menina Maria Eduarda de 13 anos que foi assassinada pela PM dentro da escola, em Acari por 3 tiros, enquanto fazia aula de educação-física. Na tarde da terça-feira, quatro de julho, uma operação policial na favela Camarista Meier no Lins matou Vanessa Vitória dos Santos com um tiro na cabeça na porta de casa. A Barbárie policial nos morros fecha escolas e tem interrompido as aulas em 93 de 100 dias no Rio de Janeiro.

Em 2017 Pezão cortou da Educação e aumentou os recursos para o aparato policial. Enquanto isso o governo do Rio de Janeiro perdoa dívidas bilionárias aos empresários em meio à crise do Estado.

Os PMs que mataram assassinaram essas crianças continuam livres e impunes para continuar roubando a vida das crianças das favelas.
A polícia é racista e assassina. Pelo fim da polícia!
Lutemos pelo nosso direito ao futuro porque nossas vidas valem mais que o lucro deles!

Para a Unicef, a violência afeta o sistema de educação pra além do Rio de Janeiro, chegando também a outras partes do Brasil. Quase 10% dos adolescentes registrados no ensino público no Nordeste e no Sudeste foram vítimas do fechamento de escolas por causa da violência. No Sul, essa taxa foi de apenas 2%.

Em 2015, mais de 10 mil adolescentes no País entre 10 e 19 anos foram assassinados, um dos números mais elevados do mundo.

 
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