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MORTE NO TRABALHO
Operário terceirizado morre soterrado durante obra pública
Redação Campinas e região

Um funcionário de 56 anos, Ivanildo José de Santana, da Compec Galasso Engenharia e Construções, empresa terceirizada que presta serviço para obras públicas, morreu soterrado durante seu trabalho na escavação de uma galeria pluvial na tarde desta terça-feira (18) no DIC 6, região da periferia de Campinas.

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Assim como muitos serviços, a Prefeitura se utiliza de trabalho terceirizado para obras como a pavimentação que estava em andamento no DIC e em declaração sobre o acidente com morte diz que “as normas técnicas de segurança são de responsabilidade da empresa e lamenta o falecimento do operário”. Além de afirmar que ainda vai determinar que a empresa auxilie a família e o executivo abrirá uma sindicância.

A obra de responsabilidade da Prefeitura de Campinas realizada pela Compec Galasso é só mais um exemplo de como o poder público utiliza a demagogia ao afirmar ser responsável por fazer importantes obras, porém quando são identificadas irregularidades e acidentes tira sua responsabilidade. Por isso, a terceirização dos serviços é estratégia da Prefeitura para baratear os serviços públicos através da precarização das condições de trabalho, retirada de direitos trabalhistas e pagamento com dinheiro público para empresas particulares. Portanto, além de receber salários mais baixos, ter condições insalubres de trabalho sem o equipamento adequado de segurança, a Prefeitura tenta se livrar da culpa pelas mortes de operários durante o trabalho em obras públicas, responsabilizando empresas desconhecidas que continuarão prestando os serviços, com algumas mudando apenas o nome para “limpar” o histórico.

A Prefeitura de Jonas (PSB) se mostra alinhada com a política nacional de precarização do trabalho levada por Temer e suas Reformas. Se durante os governos petistas a terceirização triplicou, o governo golpista está empenhado em intensificar os ataques com a determinação da terceirização para atividades fim e com a Reforma Trabalhista que aumenta a carga horária, divide as férias, além colocar as negociações entre empregado e empregador de “igual pra igual” como se isso fosse possível, com destaques nessas empresas terceirizadas com altíssima exploração de seus funcionários.

Com esse cenário só pode aumentar os índices de acidentes nacionalmente, com destaque para as cidades da região campineira que já vem apresentando dados preocupantes. No ano passado Campinas registrou aproximadamente 5 mil acidentes de trabalho, sendo uma médio de um acidente a cada duas horas. E nas cinco maiores cidades da região os registros mostram que acorreram 70 mil acidentes de trabalho nos últimos 5 anos.

Com salários baixos, precarização e risco de vida, a terceirização é o sonho dos empresários que colocam suas lucros acima da vida das pessoas, para endossar esse interesse o governo golpista de Temer quer garantir que passem todos os ataques o mais rápido possível. Por isso é urgente que seja construída e preparada uma Greve Geral que dure até barrar as Reformas. Isso é responsabilidade das centrais sindicais que a muito tempo precisam convocar assembleias nos locais de trabalho para que sejam discutidas a segurança, a morte de operários e as péssimas condições que os terceirizados são submetidos e sirva para organizar a luta e a exigência para efetivação de todos terceirizados sem a necessidade de concurso público, já que eles realizam o trabalho sem ter feito o concurso.

 
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