Foram 40 votos favoráveis à impunidade de Temer e contra a continuidade da denúncia, 25 pela admissibilidade do processo contra o presidente golpista e uma abstenção. Os deputados discursaram suas demagogias a favor do presidente, e chegou a ser citado que a denúncia só poderia continuar se existissem provas.
Chamou a atenção como o DEM de Maia orientou voto contra a continuidade do processo e os discursos do PMDB e outros partidos da tropa de choque de Temer em nome de empregos e da honra, só não se sabe em qual país.
Com a aprovação da reforma trabalhista no Senado ontem e sancionada por Temer hoje, parece que a elite não tem pressa de resolver a crise de governo e no regime político brasileiro e há muitos analistas que indicam que não deve ser possível alcançar o quórum da votação no plenário, prorrogando a votação para Agosto.
Temer venceu na CCJ, conseguiu um importante ataque aos trabalhadores mas seu governo ainda não se estabilizou, continuará sob ataque de Janot e do "partido do judiciário", e possivelmente novos indícios venham à luz com as delações de Funaro e Cunha. E, como sempre Temer gozá de uma impopularidade recorde. A aprovação da reforma trabalhista não melhora em nada seu apoio entre os trabalhadores, pelo contrário.
Agora resta saber quais serão os próximos passos de Janot, que corre contra o tempo e tem somente até setembro para pressionar mais o governo golpista. Maia, que chegou a se alçar como alternativa à Temer, ficará como com seu seu partido de patrões, o DEM, votando pela não continuidade da denúncia contra o presidente?
Conseguirá Temer quórum para uma votação antes de Agosto onde deve aumentar a pressão para sua substituição?
Veja como votou cada deputado nesse novo episódio espúrio do parlamento de milionários e corruptos do país:
Alceu Moreira (PMDB-RS) Não
Carlos Bezerra (PMDB-MT) Não
Carlos Marun (PMDB-MS) Não
Daniel Vilela (PMDB-GO) Não
Darcísio Perondi (PMDB-RS) Não
Hildo Rocha (PMDB-MA) Não
Paes Landim (PTB-PI) Não
Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) Abstenção
Sergio Zveiter (PMDB-RJ) Sim
Arthur Lira (PP-AL) Não
Fausto Pinato (PP-SP) Não
Luiz Fernando (PP-MG) Não
Maia Filho (PP-PI) Não
Paulo Maluf (PP-SP) Não
Toninho Pinheiro (PP-MG) Não
Francisco Floriano (DEM-RJ) - AUSENTE
José CarloAleluia (DEM-BA) Não
Juscelino Filho (DEM-MA) Não
Marcos Rogério (DEM-RO) Sim
Antonio Bulhões (PRB-SP) Não
Beto Mansur (PRB-SP) Não
Cleber Verde (PRB-MA) Não
Cristiane Brasil (PTB-RJ) Não
N. Marquezelli (PTB-SP) Não
Genecias Noronha (SD-CE) Não
Laercio Oliveira (SD-SE) Sim
Marcelo Aro (PHS-MG) Não
Renata Abreu (PODE-SP) Sim
Andre Moura (PSC-SE) Não
José Mentor (PT-SP) Sim
Luiz Couto (PT-PB) Sim
Marco Maia (PT-RS) Sim
Maria do Rosário (PT-RS) Sim
Patrus Ananias (PT-MG) Sim
Paulo Teixeira (PT-SP) Sim
Valmir Prascidelli (PT-SP) Sim
Wadih Damous (PT-RJ) Sim
Bilac Pinto (PR-MG) Não
Edio Lopes (PR-RR) Não
Laerte Bessa (PR-DF) Não
Magda Mofatto (PR-GO) Não
Milton Monti (PR-SP)
Deleg. Éder Mauro (PSD-PA) Não
Domingos Neto (PSD-CE) Não
Evandro Roman (PSD-PR) Não
Rogério Rosso (PSD-DF) Não
Thiago Peixoto (PSD-GO) Não
Rubens Pereira Jr. (PCdoB-MA) Sim
Ronaldo Fonseca (PROS-DF) Não
Betinho Gomes (PSDB-PE) Sim
Elizeu Dionizio (PSDB-MS) Não
Fábio Sousa (PSDB-GO) Sim
Jutahy Junior (PSDB-BA) Sim
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) Não
Rocha (PSDB-AC) Sim
Silvio Torres (PSDB-SP) Sim
Danilo Forte (PSB-CE) Não
Fabio Garcia (PSB-MT) Não
Júlio Delgado (PSB-MG) Sim
Tadeu Alencar (PSB-PE)
Rubens Bueno (PPS-PR) Sim
Evandro Gussi (PV-SP) Não
Afonso Motta (PDT-RS) Sim
Pompeo de Mattos (PDT-RS) Sim
Chico Alencar (PSOL-RJ) Sim
Alessandro Molon (REDE-RJ) Sim
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