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REFORMA TRABALHISTA
Saiba quem são os senadores da reforma trabalhista e o que eles ganham rasgando a CLT
Jean Barroso
Pedro Cheuiche

Vendo abaixo a lista dos senadores na votação da reforma trabalhista e um pequeno histórico de cada um, facilmente entenderemos suas motivações em atacar os trabalhadores.

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O Esquerda Diário traz para você um pequeno perfil de cada senador na votação de ontem quando corruptos que nunca trabalharam na vida rasgaram a CLT em votação no senado. Foram 50 votos favoráveis à reforma contra 26 contrários e uma abstenção. Veja abaixo os 50 que votaram à favor:

1. Aécio Neves (PSDB-MG)

Dispensa comentários, salvo pelo próprio senado que arquivou a cassação de seu mandato, e eterno blindado pelo judiciário que selecionou Gilmar Mendes para julgar, ou melhor, enterrar seu caso, depois do Ministro do STF Marco Aurélio de Melo lhe devolver o mandato elogiando sua carreira.

Aécio Neves, além de mal perdedor e golpista, e citado na delação da JBS por lavagem de dinheiro, tem uma imensa carreira na função de usar o estado para beneficiar empresários capitalistas, acusado de quebra de sigilo do Banco Rural na CPMI dos Correios entre 2005 e 2006, a fim de maquiar as contas do banco e esconder o desvio de verba de Furnas, uma empresa subsidiária da estatal Eletrobras, no mensalão mineiro. Poder-se-ia enumerar dezenas de outros casos do tucano mineiro, como acusação de desvio de R$7,6 bilhões da saúde do estado de MG; os "aecioportos" - cerca de cinco - construídos nas terras de sua família, no valor de de R$14 milhões; as relações com o doleiro Alberto Yousseff.

Sua "brilhante" carreira também foi citada por Pedro Corrêa, Sérgio Machado e outros delatores, é um dos principais tucanos envolvidos na Lava Jato. Segundo Machado, teria recebido mais de R$1 milhão em propina. O ex-deputado Pedro Corrêa afirmou em depoimentos de sua delação premiada que o então deputado Aécio Neves foi um dos responsáveis pela indicação do diretor de Serviços da Petrobras, Irani Varella, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Segundo Corrêa, Varella era responsável por conseguir "propinas com empresários para distribuir com seus padrinhos políticos" por meio de seu genro.

2. Airton Sandoval (PMDB-SP)

Airton está na política desde 1974, quando foi eleito deputado pelo MDB, ou seja, tem idade para se aposentar mesmo com a reforma da presidência de Michel Temer. Em 1977 Airton se filiou ao ARENA, o partido da ditadura militar responsável por matar, torturar e perseguir qualquer oposição política aos corruptos generais, época na história do país em que a Odebrecht começa a crescer graças à corrupção estatal. Em 79 volta ao já fundado PMDB.

Assumiu recentemente o cargo de senador com as espúrias trocas de favores do governo golpista de Michel Temer, era suplente de Aloysio Nunes (PSDB-SP) que virou Ministro de Relações exteriores em negociata para manter base de apoio de Temer. Em 2004, seu nome foi mencionado por executivos da empresa Leão e Leão em diálogo gravado durante uma investigação promovida pelo Ministério Público sobre eventuais irregularidades em licitações relativas ao serviço de recolha de lixo em municípios de São Paulo. Sandoval confirmou ter solicitado dinheiro à empreiteira para campanha eleitoral, mas negou ter falado num valor e diz que o pedido foi feito segundo a lei.

Além disso, Sandoval é empresário no ramo gráfico e se beneficiará diretamente com o lucro gerado pela a precarização do trabalho.

3. Ana Amélia (PP-RS)

É acusada de omitir a propriedade de bens móveis e imóveis na declaração feita à Justiça Eleitoral, nas eleições de 2014, incluindo uma fazenda de R$1,9 milhões no Rio Grande do Sul. Acusada de ser favorecida por nepotismo em 1986 quando foi nomeada pelo marido, senador biônico Octávio Omar Cardoso, Cargo em Comissão.

Não foi só a política que Ana Amélia herdou do falecido senador da ditadura, mas fazendas de gado em RS, no valor de R$ 4.738.538,78. Dona também de 680 hectares com 600 cabeças de gado em Goiás, a ruralista se beneficiará diretamente com a precarização dos trabalhadores que ela mesma contrata. E contra quem protestar, a senadora ainda tem na manga a repressão do estado: foi autora da Lei Antiterrorismo que se fez valer contra os manifestantes na Copa do Mundo.

4. Antonio Anastasia (PSDB-MG)

Cria de Aécio Neves, foi citado (e assim como Aécio, também blindado) na Operação Lava Jato. O policial Jayme Alves de Oliveira Filho, preso na 7ª fase da Operação Lava Jato disse em depoimento que entregou R$ 1 milhão a Antônio Anastasia, ex-governador de Minas Gerais e senador eleito, pelo PSDB.

Em 28 de agosto de 2015, o o próprio Janot, da PGR, enviou ao Supremo Tribunal Federal o pedido de arquivamento da investigação sobre o senador Antonio Anastasia, alegando que as suspeitas contra o senador não tinham se confirmado. A pessoa que recebeu o dinheiro seria "muito parecida", outra blindagem ou "grande armação" contra a camarilha mineira?

5. Armando Monteiro(PTB-PE)

Armando Monteiro é um industrial do Partido "Trabalhista" Brasileiro e se beneficiará diretamente das reformas. Tem longa tradição no ramo de explorar os trabalhadores em condições precárias e lucrativas, tendo sido presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco de 1992 até 2004 (4 mandatos), e eleito presidente da Confederação Nacional de Indústrias de 2002 a 2010 (2 mandatos).

Também foi Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo Dilma em 2015, voltando ao Senado para votar contra o afastamento de 180 dias de Dilma no processo do golpe institucional. Nenhuma contradição, afinal os "políticos-patrões" proliferaram e lucraram muito com o governo Dilma, da mesma forma como votam as reformas de Temer para seguir se beneficiando.

6. Ataídes Oliveira (PSDB-TO)

Oliveira é... empresário também! Do ramo dos consórcios da construção civil e revenda de veículos e revenda de veículos e se beneficiará diretamente com a reforma que quer nos fazer trabalhar até a morte.

Além disso, Oliveira emprega Virgínia Teresinha de Moura, sua sogra, como funcionária comissionada em seu gabinete no Senado Federal. Esse nepotismo custa ao erário público R$ 8.577,00 mensais.

7. Benedito de Lira (PP-AL)

Benedito foi presidente do PP entre 2013 e 2015, ele e seu filho Arthur Lira, que é deputado federal, são investigados no esquema de corrupção na Petrobrás. Segundo MPF, Lira se beneficiou “com o recebimento de quantias periódicas indevidas, oriundas do pagamento de propinas por empresas que tinham contratos com a Petrobras, em razão do controle pela Partido Progressista (PP) da Diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa, tudo em troca de votar a favor de projetos de interesse do governo federal".

Além disso Lira é envolvido na "máfia das ambulâncias" em um esquema de corrupção que superfaturava as ambulâncias, lucrando com o sofrimento do povo.

8. Cassio Cunha Lima (PSDB-PB)

Outro que usa da política para enriquecer, já teve seu cargo cassado em 2008. Ele era na época governador e por unanimidade o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) cassou seu mandado por uso indevido de dinheiro público. É réu na Operação Concord, da Polícia Federal, que apura esquemas de desvios de recursos e lavagem de dinheiro. Como se já não bastasse seu supersalário do ano passado de R$52 mil, a remuneração do parlamentar tucano ultrapassa o teto constitucional brasileiro de R$ 29.462,25, valor que é pago a um ministro do Supremo Tribunal Federal.

9. Cidinho Santos( PP-MT)

Agropecuariasta da bancada ruralista, outro empresário que se beneficiará diretamente da precarização da mão-de-obra, contratando seus empregados com novas regras que rasgam os poucos direitos conquistados com a luta dos trabalhadores.

Cidinho acompanha Cassio Cunha na máfia das ambulâncias, sendo alvo de quatro ações civis públicas movidas pelo MPF e já teve até seus direitos políticos cassados. Investigado na Operação Sanguessuga, que funcionava com parlamentares superfaturando o preço das ambulâncias e desviando o dinheiro recebido, que era dividido entre empresários e políticos. O prejuízo causado pelo esquema foi estimado em R$ 110 milhões.

10. Ciro Nogueira Lima Filho (PP-PI)

Mais um empresário! Seu pai, Ciro Nogueira Lima, era um agropecuarista e também político-empresário, e seu herdeiro Investigado na Lava Jato. O doleiro Alberto Youssef, acusado de operar pagamento de propinas e lavar dinheiro para políticos, afirmou em depoimento à Polícia Federal que o senador Ciro recebeu US$ 150 mil para integrar o partido.

Apontado por Cláudio Mello Filho, do Conselho da Construtora Odebrecht , de ter recebido propina para as campanhas de 2010 e 2014, beneficiando a ele próprio e sua esposa, a deputada federal Iracema Portela, também do PP, partido a qual Ciro preside nacionalmente, e que teria pedido propina para financiar campanhas do partido por todo o país no valor de R$ 5 milhões. O senador também recebeu propina da Construtora UTC, no valor de R$ 2 milhões, em 2014, em troca de favorecê-la em obras púbicas.

Teria recebido mais R$ 42 milhões em doações para o PP, segundo a delação da JBS. Cumpre terceiro mandato como presidente nacional deste partido.

11. Cristovam Buarque (PPS-DF)

Esse até enganou alguns um tempo atrás com o papo de que a educação "muda o mundo". Mas a máscara cai rápido, e como disse Paulo Freire, "a educação muda as pessoas, mas são as pessoas que mudam o mundo".

O ex-petista já foi denunciado por receber caixa 2 de seu ex-coordenador de campanha, Luiz Fernando Emediato. Emediato disse que Cristóvam recebeu dinheiro de pelo menos uma empreiteira e de um ex-banqueiro, tudo por recomendação de Alckmin em troca do apoio no segundo turno contra Lula. Foi acusado pelo STJ de crime tributário quando governador pelo DF.

12. Dalirio Beber (PSDB-SC)

Outro empresário, do ramo imobiliário. Dalirio Foi responsabilizado e multado por diversas irregularidades constatadas durante sua gestão na Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (BADESC).

13. Dário Berger (PMDB-SC)

Teria recebido R$ 1 milhão para voar em Renan Calheiros no senado, segundo delação da J&F. Além disso foi condenado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) a devolver aos cofres públicos o dinheiro gasto com um show que não aconteceu. Condenado a pagar 20 salários de prefeito referente ao uso irregular de um veículo do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf), apreendido pela Polícia Rodoviária Federal em setembro de 2010 com material de campanha e R$ 1.850,00 em dinheiro.

Teve bens bloqueados pelo STJ por dispensa de licitação considerada irregular em Santa Catarina. Outro político que segue a regra de beneficiar os empresários e contra os direitos dos trabalhadores.

14. Davi Acolumbre (DEM-PI)

Davi faz demagogia com o "movimento ficha limpa", mas seu partido, Democratas, tem a ficha mais podre que pau de galinheiro. Davi é suspeito de corrupção passiva na Operação Pororoca por fraude em licitações, em inquérito do Supremo Tribunal Federal. A investigação apura o desvio de R$ 103 milhões em obras públicas no Amapá.

15. Edison Lobão ( PMDB-MA)

Investigado na Lava Jato, em que depoimento de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou que mandou entregar R$ 2 milhões a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney para a campanha ao governo do estado em 2010, a pedido de Edison Lobão.

Já faz história em ataques aos trabalhadores, sendo responsável por aprovar sem discussão a PL 4302 que terceiriza as atividades fins no Senado em 2002.

16. Eduardo Lopes (PRB-RJ)

Diretor presidente do "Jornal Folha Universal" e da Editora Gráfica Universal, da multimilionária igreja cujos pastores da ala cúpula são investigados por lavagem de dinheiro e vários outros crimes. Eduardo Lopes se candidatou junto a Crivella para o Senado, usando toda o aparato da Igreja que tem o privilégio de não pagar impostos, para aprovar ataques aos trabalhadores e levar adianta a pauta conservadora contra os LGBTs, as mulheres e aos negros.

17. Elmano Ferrer ( PMDB-PI)

O "véin trabalhador", como chama a si mesmo nas campanhas no Piauí, com certeza nunca trabalhou na vida e votou contra os nossos direitos no dia de ontem. Elmano foi técnico da SUDENE, recebeu para participar como técnico da "indústria da seca", aonde a verba pública que seria investida para melhorar as condições da população do nordeste, foi desviada para o bolso dos políticos corruptos.

18. Fernando Coelho (PSB-PE)

É alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras. Por decisão do STF, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do parlamentar. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos durante a 23ª fase da Lava Jato.

19. Flexa Ribeiro ( PSDB -PA)

Outro empresário da construção civil, dono da Engelplan. Flexa foi preso em 4 de novembro de 2004 pela Polícia Federal na chamada Operação Pororoca, acusado de participar através de sua empresa, a Engeplan, de um esquema de fraudes em concorrências públicas, desistindo de uma licitação para beneficiar outra. Foi solto 4 dias depois.

Presidiu o sindicato patronal Sinduscon Pará e a Federação das Indústrias do Estado do Pará, e também é diretor da Confederação Nacional das Indústrias. Com tantos industriais para votar contra os direitos dos trabalhadores, fica mais fácil de entender porque os trabalhadores devem defender a abolição do Senado-> http://www.esquerdadiario.com.br/Por-que-os-marxistas-defendem-a-abolicao-do-Senado ].

20. Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)

Garbaldi mistura família e política desde 1966 quando seu tio Agnelo Alves o colocou como chefe da Casa Civil na prefeitura de Natal. Em 2010, emplacou seu pai de 87 anos como Senador, que era suplente e assumiu quando Filho assumiu como Ministro da Previdência de Lula. Garibaldi Filho é citado na lista de Fachin.

21. Gladson Cameli (PP-AC)

Outro empresário herdeiro da TCA, Gladson alvo de inquérito aberto com a Operação Lava Jato da Policia Federal, que investiga esquema de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro com recursos desviados da Petrobras.

Herdou a política de Orleir Camli, ex-governador do Acre que também era empresário. Teve como acessor Guilherme Duque, que declarou ter recebido propina para conseguir verbas federais quando Orleir admistrou a prefeitura de Manaus em 1990. Neste caso, como em vários outros, vemos aqui a confluência entre família, negócios capitalistas comuns ao estado brasileiro.

22. Ivo Cassol ( PP-RO)

É mais um empresário-político citado na delação da Odbrecht, acusado de receber R$ 2 milhões na construção da Usina de Santo Antônio, e por isto consta na "lista de Fachin". Foi condenado, por unanimidade no STF, em ação penal movida pelo Ministério Público Federal por prática do crime de fraude a licitação. Ivo Cassol foi condenado a 4 anos de detenção em regime semiaberto e ao pagamento de multa.

23. Jader Barbalho ( PMDB-PA)

Nome conhecido envolvido em um escândalo atrás do outro, este daí está em todas! No centro das investigações sobre as propinas envolvendo a obra da Usina de Belo Monte, apelidada de "Belo Monstro" por entidades e ONGs envolvidas com a ecologia. Na delação da J&F, Ricardo Saud aponta Barbalho como recebedor de dinheiro por parte da Secretária de Portos.

Investigado na Lava Jato. Em seu acordo de delação premiada, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado contou que o pagamento de propinas a Jader Barbalho envolveu, além de doações oficiais de campanha, repasses em espécie feitos por um empresário que pretendia fechar contrato com a subsidiária da Petrobras e até a oferta de apoio "logístico" de um banco para controlar a propina. Nos depoimentos à Procuradoria Geral da República (PGR), o delator disse que esta eminente figura da fauna política capitalista o "pressionava muito" por recursos ilícitos. Machado revelou ter dado, entre 2004 e 2007, R$ 4,25 milhões para Jader, sendo R$ 1,25 milhão em contribuições eleitorais e outros R$ 3 milhões em espécie. Um claro cacique contra a corrupção.

24. João Alberto Souza (PMDB-MA)

Presidente do conselho de Ética, provavelmente pelas boas indicações: aliado do ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) e ligado a Renan Calheiros, João Alberto preside pela quinta vez o Conselho de Ética do Senado, fez ouvidos surdos às provas gritantes de participação de peemedebistas no esquema de desvios da Lava Jato. Um “íntegro” protetor de ladrões de dinheiro público, como seu parceiro Edison Lobão.

25. José Agripino ( DEM-RN)

Mais um empresário, é proprietário da TV Tropical, filiada à Rede Record que recebeu uma boa grana para apoiar as reformas. Responde em inquérito aberto pelo STF para apurar o recebimento de propina da empreiteira OAS nas obras de construção do estádio Arena das Dunas, em Natal, para a Copa do Mundo de 2014. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.

26. José Maranhão (PMDB-PB)

Este também é empresário, e além disso é alvo de ação civil pública de improbidade administrativa com dano ao erário, movida pelo Ministério Público Estadual. Não basta explorar os trabalhadores com suas empresas, os políticos-empresários ainda tem o estado para ajudar-lhes a desferir ataques ao povo enquanto enriquecem

27. José Medeiros (PSD-MT)

Em junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu por unanimidade abrir inquérito para impugnação de mandato de Medeiros, apontando indícios de fraude na convenção da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você (PDT / PPS / PSB / PV) em 2010 no que se refere à suplência do então candidato Pedro Taques.

No entanto o Senador segue aí, blindado pela justiça e ainda anunciou que entrará no Conselho de Ética contra as senadoras que ocuparam o plenário. Obviamente foi um jogo de flashes da oposição petista, que através da CUT e CTB entregaram a greve geral do dia 30, permitindo tranquilidade para os senadores votarem este ataque.

28. José Serra ( PSDB-SP)

Eternizado como o candidato da bolinha de papel, em episódio cômico aonde o político chegou a fazer uma tomografia por causa de uma bolinha de papel arremessada contra si por algum eleitor raivoso das políticas neoliberais do PSDB.

Tentou o cargo de Ministro das Relações exteriores com Temer para ver se conseguia vender o país mais rápido. Agora anda mais na encolha, denunciado na Lava-Jato, mesmo com o delator Pedro Novis tentando ocultar seu nome. Nem por isso deixou de atacar os trabalhadores, esperando a mesma sentença de Aéio: impunidade total que mostra como o judiciário e a casta política estão juntos.

29. Lasier Martins (PSD-RS)

Todo mundo já riu do seu vídeo tomando um choque, mas chocado mesmo ficará quem assistir algum discurso deste senador reacionário contra os LGBTs, é também autor da frase racista “quantos índios no Brasil deixaram de ser índios e hoje são profissionais respeitados?". Uma de suas plataformas de campanha para o Senado foi a aliança com setores do empresariado estrangeiro e nacional.

30. Magno Malta (PR-ES)

Outro denunciado na máfia das ambulâncias, Malta é um reacionário, pastor que engana os fiéis para roubar o dízimo e financiar suas campanhas na cruzada d corrupção e ataques contra os trabalhadores, usando o palanque para defender a família tradicional ( a sua própria, no caso) e enriquecer os empresários.

Seu nome foi envolvido no caso da máfia das ambulâncias e seu partido, o PR, esteve no centro do escândalo do Ministério dos Transportes por favorecimento de empreiteiras nos contratos de licitação, no qual o irmão foi indicado por ele para chefia de assessoria parlamentar, Maurício Pereira Malta. Magno Malta por sua vez recebeu gordas contribuições de empreiteiras para sua campanha.

31. Marta Suplicy ( PMDB-SP)

Famosa "vira casaca", a ex petista foi condenada juntamente com José Américo (PT-SP) em ação civil pública por improbidade administrativa com dano ao erário a pagamento de multa. A Justiça considerou desproporcional os gastos de R$ 5,4 milhões com a divulgação dos CEUs pela Prefeitura de São Paulo durante a sua gestão.

A ex petista golpista mereceu um dossiê próprio do Esquerda Diário nas últimas eleições, veja ele aqui.

32. Omar Aziz (PSD-AM)

É citado na delação da Odebrecht e alvo de inquérito que está nas mãos de Alexandre Moraes do STF. Ou seja, mais um na lista para o judiciário blindar. É alvo de ações civis de improbidade administrativa, ajuizadas pelo Ministério Público do Estado do Amazonas. Investigado por recebimento de propina da Andrade Gutierrez.

33. Paulo Bauer (PSDB-SC)

Condenado por improbidade administrativa de ressarcimento de despesas efetuadas com verbas públicas em decorrência de gastos realizados com campanha publicitária contratada pela Secretaria Estadual das Educação, quando era o secretário responsável, a qual atribuíram escopo de promoção pessoal do administrador público.

E também é empresário. Foi do administrativo da Capri Industrial SA e também contador do Grupo Stein.

34. Pedro Chaves ( PSC-MS)

Milionário empresário da educação, Chaves tem íntimas relações com José Carlos Bumlai, pecuarista preso pela Lava Jato. Coordenou a campanha ao Senado do cassado Delcídio Amaral, e teve à sua disposição R$ 9,5 milhões doados por empreiteiras investigadas pela operação Lava Jato. Tem patrimônio de modestos R$69 milhões.

35. Raimundo Lira ( PMDB-PB)

Presidente da comissão de impeachment, doou à chapa onde era suplente para o Senado, em 2010, o valor de R$ 870 mil, utilizando recursos que não havia incluído em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral. Tem patrimônio declarado de R$54 milhões.

36. Ricardo Ferraço ( PSDB-ES)

Relator da reforma trabalhista, assim como todos desta lista, nunca trabalhu na vida.

37. Roberto Muniz (PP-BA)

Foi presidente da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, e por isso tem muito interesse em privatizar tudo e entregar os direitos os trabalhadores. Apresentou uma PEC para unificar as eleições locais e nacionais.

38. Roberto Rocha ( PSB-MA)

Filho do ex governador do Maranhã Luís Rocha, herdou també as suas empresas. É mais um político-empresário, característica que vai passando de pai para filho igual as propriedades. Contra ele, tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão uma Representação por Captação Ilícita de Recursos contra Rocha.

39. Romero Jucá ( PMDB-RR)

É alvo de inquérito que apura crimes de responsabilidade. Faz parte da lista divulgada pela empreiteira Odebrecht que contém 300 nomes mencionados nos documentos apreendidos pela Polícia Federal durante a 23ª fase da Operação Lava Jato.

Saiu de seu Ministério para defender Temer no Senado, e tentar arrebatar a maior parte do fundo público de campanha para o PMDB.

É autor dos célebres áudios conspirativos em conversa com Sérgio Machado da Transpetro, em "um grande acordo nacional" para atacar os trabalhadores.

40. Ronaldo Caiado (DEM-GO)

É um escravocrata junto a seus familiares em Goiás, e por este mesmo motivo votou à favor de rasgar a CLT. Sobrinho do pecuarista Antônio Ramos Caiado Filho, que está na relação chamada “lista suja”, com empregadores flagrados por prática de trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ronaldo foi um dos 29 deputados que votaram contra a PEC do Trabalho Escravo em 2012, e tem se pronunciado em favor da mudança da definição de escravidão contemporânea na lei brasileira.

41. Rose de Freitas (PMDB-ES)

É cotada para a liderança do PMDB no Senado, e braço forte dos ataques contra os trabalhadores. Em sua campanha recebeu R$40 Mil Reais do Banco Itaú, o maior e p mais poderoso banco brasileiro, grande interessado nas reformas, beneficiário do pagamento da divida pública brasileira para onde vai a metade do orçamento da união anualmente.

Sergio Petecão ( PSD-AC)

Um dos primeiros politicos a se reunir com o golpista Michel Temer após a delação da JBS, é coordenador da bancada acreanao, foi acusado de compra de votos e abuso de poder político e absolvido no TSE em 2009, de acordo com o processo ele teria se aliado com uma empresa estatal, a Empresa de Urbanização de Rio Branco (EMURB) para condicionar obras públicas a sua campanha politica.

Simone Tebet (PMDB-MS)

Foi eleita prefeita de Sete Lagoas duas vezes em 2004 e 2008, em 2016 teve seus bens bloqueados por suposta irregularidades na obra da reforma de um Balneário na cidade, foi acusada de improbidade administrativa no processo licitatório e na execução da obra. Foi um dos estandartes da direita durante o processo do golpe no ano passado.

Tasso Jeiressati ( PSDB-CE)

Presidente Interino do PSDB, é um dos principais atores que estão se organizando pela debandada do partido do governo, foi eleito senador pela primeira vez em 2002, cumpriu mandato até 2011 quando não se reelegeu, voltou em 2014 ao senado. É acusado de desvio de verbas quando atuava na superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e no Banco do Estado do Ceará (BEC). Foi o senador eleito com maior patrimonio declarado ao TSE, com cerca de R$ 400 milhões de reais. Sua campanha foi financiada pelo diretor de um banco panamenho, FBP BANK com R$ 150 mil reais, banco acusado de irregularidades junto a Mossack Fonseca no Panama Papers. Tasso tambem é empresario e será beneficiário direto da reforma, seu grupo, o Jereissati é dono de uma rede de shoppings no Ceará.

Valdir Raupp (PMDB-RO)

É um antigo cacique do PMDB, atuando no partido desde 1982, quando se elegeu prefeito de Cacoal-RO, foi citado pelo doleiro Youssef de ter recebido R$500 mil reais para sua campanha do senado em 2010, em 2016 foi acusado de ter participado de esquema de propinas junto a outros influentes aliados de Michel Temer Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL) e Jader Barbalho (PMDB-PA) na criminosa obra de Belo, que alagou e desapropriou terras indígenas, os retirando a força com uma obra superfaturada e que só funcionará 4 meses por anos.

Vicentinho Alves (PR-TO)

O senador é um pecuarista, se beneficiará diretamente da reforma trabalhista, já rodou em diversos partidos PDT, PFL, PSDB e PL e Solidariedade PR.Desde 2013 é filiado ao Partido Solidariedade. Recentemente se filiou ao Partido da Republica (PR). É alvo de inquérito que apura crimes na Lei de Licitações que corre em segredo de justiça. O senador ainda é acusado de irregularidades referentes a recursos recebidos pelo município de Porto Nacional.

Waldemir Moka (PMDB-MS)

Fez parte da Comissão Especial de Impeachment do Senado Federal, que julgou Dilma durante o golpe, foi aliado de Temer no processo. Ele teria sido réu de 8 processos, todos pela sonegação de IPTU. Em 2010, o deputado foi acusado de ter gasto cerca de R$12 mil da Câmara dos Deputados para imprimir 40 mil exemplares de um boletim em que divulgava sua candidatura ao Senado.

Wilder Morais ( PP-GO)

Foi eleito como suplente de Demóstenes Torres nas eleições de 2010, é sócio e fundador da Orca Construtora. Foi o maior doador do então senador com R$700 mil reias, quando então este foi cassado ele assumiu seu cargo. Em conversas gravadas de Carlinhos Cachoeira durante a operação Belo Monte, soram encontrados indicios de que este teria movido pauzinhos para que Waldir fosse senador suplente de Demóstenes. Segundo matéria da Época, o senador não declarou a posse de dois shopping centers ao Tribunal antes das eleições de 2010. É outro que se aproveitará da eminente precarização das condições de trabalho.

Zezé Perrella(PMDB-MG)

"Não faço nada de errado, só trafico droga”, disse Zezé Perrella à Aécio Neves em conversa gravada recentemente. Em helicóptero de sua família foram encontrados 450kg de cocaína, o parlamentar foi condenado em ação de improbidade administrativa movida pelo MPF à suspensão dos direitos políticos por três anos e a pagamento de multa por ocupação ilegal de apartamentos funcionais na época em que era deputado federal, segundo o JB. É um grande empresario e fiel escudeiro de Aécio e Temer, presidiu o Cruzeiro, time de futebol diversas vezes e é acusado de lavagem de dinheiro do zagueiro Luisão em 2003, sua grande fazenda é avaliada em 60 milhões de reais, esse senador se aproveita de sua posição para atacar os trabalhadores, não só em nome de sua casta política mas para sua condição de grande empresário e latifundiário.

 
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