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DORIA - CRACOLÂNDIA
Doria quer abrir vagas para internar compulsoriamente usuários que ele bateu e desabrigou
Redação
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(Foto: Filipe Redondo/ÉPOCA)

Após a crise envolvendo a Cracolândia, que gerou um aumento na reprovação do prefeito higienista de São Paulo, João Doria (PSDB), sua gestão decidiu incluir o programa de tratamento de usuários de drogas no Plano de Metas (2017-2020).

A primeira parte do plano de Doria para os usuários de droga e moradores da Cracolândia, foi destruir seus abrigos enquanto estavam lá dentro, roubar os seus pertences e chutá-los para fora da Luz, espalhando a Cracolândia pelo centro da cidade até que ela rapidamente se recompusesse. Foram semanas de espetáculos de barbárie policial a mando do prefeito e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Em um dos piores frios deste inverno, a prefeitura chegou a retirar os cobertores dos moradores que dormiam em um abrigo público. Saiba mais: São Paulo tem mínima de 6,3ºC e prefeitura retira colchão de usuários na Cracolândia

Agora, a Prefeitura promete criar em quatro anos 2 mil vagas de atendimento a dependentes químicos na capital, entre as quais 970 vagas de acolhimento em repúblicas e albergues, 500 vagas em leitos hospitalares de desintoxicação e 100 vagas em residências terapêuticas. Com base a uma consulta popular, o prefeito buscou desfazer a imagem autoritária e repressiva que, depois de tanta violência por parte das ações da prefeitura, certamente não deverá ser apagada.

Essas vagas poderão ser preenchidas através da internação compulsória dos usuários pelo fato de estar previsto em seu programa para o "tratamento" de dependentes químicos, o "Redenção", trazendo mais violência como pretexto para o higienismo das ruas paulistas. Esse tipo de internação é repudiada por diversos especialistas, que colocam essa prática como um retrocesso no debate sobre tratamento de dependentes químicos, pois na prática consistem em bater nos usuários até que "se convençam" a fazer o tratamento, que inclusive aplica sanções punitivas às recaídas comuns ao processo.

A versão final do plano foi entregue nesta segunda-feira, 10, na Câmara Municipal de São Paulo, depois de passar por consulta popular. "A inclusão do tema reforça o compromisso da Prefeitura de São Paulo em enfrentar o problema do uso abusivo de psicoativos" diz o texto.

"Para atingir a meta, houve a inclusão do projeto Redenção, também em função das sugestões feitas pelos munícipes", afirma a gestão Doria no texto final do Plano de Metas. Em relação ao plano apresentado pelo prefeito no fim de março, foram feitas seis alterações, sendo uma retirada, três acréscimos e duas modificações de metas.

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