Desde cedo, o presidente Temer está articulando para encontrar uma forma de rejeitar a proposta de Zveiter e, ao mesmo tempo, ter em mãos um texto para ser votado como alternativa. Para viabilizar isso e ainda continuar garantindo os votos não só na CCJ, como em plenário, Temer se reuniu na manhã desta segunda-feira com o líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (SP), com a bancada do Maranhão na Câmara e com o deputado Danilo Forte (PSB-CE), cujo partido migrou para a oposição, embora alguns de seus integrantes ainda continuem votando com o Planalto. Muitos outros parlamentares passarão ainda hoje pelo gabinete de Temer no Planalto. O presidente também recebeu hoje o seu advogado Antônio Claudio Mariz.
No Planalto, as informações são de que Temer terá 40 ou 41 votos na CCJ. O governo quer dar uma demonstração de força para entrar com respaldo para a votação no plenário. Temer tem pressa para que tudo seja votado antes do recesso, seja na CCJ, seja no plenário porque ninguém sabe como será o mês de agosto e o Palácio sabe que ainda existem outras denúncias a serem apresentadas pelo procurador Rodrigo Janot. Para assegurar a votação antes do recesso, o governo vai segurar a apreciação da Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) e cogita até empurrar a votação pelo fim de semana.
O deputado Carlos Marun, um dos líderes da “tropa de choque” formada por Temer para se blindar das denúncias, já avisou ao Planalto que pode ser o autor do voto alternativo para se contrapor ao de Zveiter.
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O início da leitura do parecer do peemedebista estava previsto para as 14h30 e teve início por volta das 16h, após diversas questões de ordem dos deputados, diversos questionando a substituição de membros na Comissão.
Temer está com a agenda aberta para acompanhar a leitura. Mas, mesmo assim, tem se mostrado disposto a receber deputados e senadores, já que tem interesse também de garantir a aprovação da Reforma Trabalhista no Senado nesta terça-feira, 11 de julho.
Como Temer precisa mostrar força na CCJ, os líderes dos partidos da base aliada foram avisados de que devem continuar o trabalho de substituição dos deputados que estiverem demonstrando que não votarão a favor de Temer. A ordem do Planalto é não titubear em fazer substituições para garantir votos na CCJ. Diversas substituições já foram feitas nas bancadas do PMDB, Solidariedade, PROS, PSD e PTB, mostrando que a base aliada usará até as últimas forças para impedir um parecer contrário a Temer.
Com informações da Agência Estado.
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