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MARCHEZAN E O MBL
MBL assessora Marchezan sobre postura nas redes sociais
Bruno Carsten

O governo do tucano Marchezan, em Porto Alegre, vem mostrando a que veio. Assume uma linha cada vez mais dura com os movimentos sociais, reprime cada vez mais o direito de organização dos servidores, atrasa e parcela salários, avança na tentativa de sucatear empresas do município, corta investimentos em educação pública. Não surpreende em nada a aproximação do prefeito com os setores ultra-reacionários do Movimento Brasil Livre (MBL).

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Em seu perfil nas redes sociais, Marchezan (PSDB) vem, sistematicamente, reforçando um discurso de matiz conservador no que diz respeito à esquerda em geral e aos sindicatos. Durante as últimas semanas um dos coordenadores do MBL, o empresário Renan Santos, tem auxiliado o prefeito de Porto Alegre acerca de seu posicionamento nas redes sociais, como afirma a própria assessoria do prefeito. Segundo Renan, ele teria dado conselhos de como o prefeito deve se portar no facebook para “aparecer mais”, como podemos conferir aqui.

E essa aproximação já se fez sentir. Na semana passada Marchezan publicou em seu perfil nas redes sociais um vídeo no qual concede entrevista a Arthur do Val, conhecida figura reacionária do estado (que aliás havia sido detido poucos dias antes ao se achar envolvido na agressão a municipários que protestavam contra Marchezan. Na entrevista o prefeito se refere ao discurso dos sindicatos e partidos de esquerda como “demagógico e babaca”, e afirma que os sindicatos quebraram o Brasil.

Claro que essa aproximação entre o MBL e Marchezan Jr. não é assim tão nova. O atual secretário de serviços urbanos de seu governo é uma das principais figuras do Movimento Brasil Livre no Rio Grande do Sul. Não à toa o ultra-reacionário Renan declarou, quando da última viagem à capital gaúcha a fim de assessorar o prefeito, ser fã de Marchezan, chamando-o de "jóia rara" e apoiando as reformas (leia-se, ataques contra a população e os servidores) que este vem implementando.

Nesse dia 5 de Julho um ato organizado pelo MBL gaúcho reuniu algumas dezenas de reacionários em frente à prefeitura. Tendo como mote central a defesa de reforma da previdência, que quer nos obrigar a trabalhar até morrer, o ato logo incorporou também a defesa das medidas que Marchezan vem tomando em Porto Alegre, seja com relação aos servidores, seja com relação a Carris e sua possível privatização.

Se dermos uma rápida olhada nos ataques promovidos pelo atual prefeito de Porto Alegre, entenderemos o porquê do entusiástico apoio do MBL a ele. Marchezan aumentou a passagem de ônibus, autorizou o parcelamento do salário dos servidores, extinguiu secretarias, atrasou salário dos terceirizados, aumentou o tempo de trabalho em sala de aula dos professores. Em termos de repressão, o prefeito prendeu uma manifestante durante a marcha anti-fascista, moveu um projeto que aplicará R$ 20 mil de multa a protestos de rua, se aprovado, e reprimiu ambulantes do centro da cidade justamente em um momento no qual o desemprego atinge índices estratosféricos em Porto Alegre.

Mas certamente um dos pontos que mais chama a atenção é o modo como Marchezan vem tratando a Carris, empresa de transporte urbano de quase 150 anos. O prefeito vem avançando no sucateamento da empresa, afirmando e reafirmando a ideia de privatizá-la. A resistência dos trabalhadores rodoviários contra essa medida que, além de acabar com uma das únicas empresas públicas de transporte urbano do Brasil, deixaria centenas de desempregados, vem sendo combatida por Marchezan. Trabalhadores alegam sofrer perseguição política, inclusive com direito a monitoramento de suas postagens no facebook, como denunciamos aqui.

Prisões, repressão, parcelamento de salário, demissões em massa, privatizações... O prefeito, ídolo do MBL, demonstra que seu governo apenas atende ao interesse dos empresários por mais lucro garantido às custas da população. É necessário intensificar a luta contra os ataques de Marchezan para resistir ao avanço de suas medidas.

 
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